terça-feira, 29 de dezembro de 2015

NÃO SOLTE FOGOS NO REVEILLON, PREFIRA ABRAÇOS APERTADOS!

                                                   imagem: miscelaneamilanesa.wordpress.com
Nesta virada de ano reeditamos a matéria sobre os impactos dos fogos de artifício em animais, crianças e idosos. 

O manuseio de rojões  por pessoas alcoolizadas ou sem experiência pode causar ferimentos e, certamente, prejuízos severos ao meio ambiente, principalmente das pequenas e médias cidades. 

Isto porque, este tipo de aglomeração urbana ainda possui uma grande variedade de animais selvagens, notadamente pássaros, que vivem na periferia destas cidades.

Alguns destes pássaros são migratórios, como as andorinhas, que se deslocam todo ano do hemisfério Norte (Alasca, Canadá, Estados Unidos) para a América do Sul, passando pelo Brasil. Importante aspecto da presença destas aves nas cidades é a eliminação de grandes quantidades de insetos, inclusive aqueles que são vetores de doenças como a dengue e a malária. 

Dados apontam um aumento dos casos de dengue nas cidades do interior do São Paulo, desde que diminuiu a presença de andorinhas e outros pássaros silvestres, com o crescimento das cidades e avanço da agricultura.

Contudo, o uso indiscriminado de fogos de artifício vem afastando das cidades os pássaros – coleirinha, bico de lacre, andorinha, sanhaço, sabiá laranjeira, bem-te-vi, pintassilgo, tico-tico, corruíra, joão de barro, entre outros – que se alimentam de todo tipo de inseto danoso ao ser humano. 

O constante barulho das explosões e dos tiros faz com que os pássaros se afastem da região, abrindo espaço para os insetos. No entanto, o uso consciente dos fogos de artifício poderia contribuir para preservar este tipo característico de fauna presente nas cidades.

Feliz ano novo, sem fogos e com muita saúde!

Texto inspirado no original de: Ricardo Ernesto Rose 
Fonte: www.projetoecoinovacao.com.br

Projeto Ciranda Verde

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

OPERAÇÃO RIO ITACAIÚNAS, A REUNIÃO É AMANHÃ NO MP!

Vista aérea do Rio Itacaiúnas: imagem (pontodoconhecimento.blogspot.com.br)
Como já foi antecipado em postagens anteriores aqui no blog, acontece nesta terça-feira (15) de dezembro, no Ministério Público Estadual, mais uma importante reunião do grupo de discussão e ação para salvar o Rio Itacaiúnas, que está seriamente ameaçado de extinção pela ação predatória ao longo de seu percurso.
 
Cada grupo interessado nesse trabalho, que deve envolver toda a sociedade, pode enviar um representante.
 
A discussão será o auditório do MPE na Cidade Nova.
 
Participe e entre nessa luta!
 
Projeto Ciranda Verde
 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

VÍDEO DO CIRANDA VERDE EM HD JÁ ESTÁ DISPONÍVEL NO YOU TUBE



O novo vídeo do Projeto Ciranda Verde já está disponível através do You Tube no endreço: https://youtu.be/porzIYQzNoU
 
 Está nova produção do projeto já está sendo considerada a mais emocionante de todas, pois dessa vez, os voluntários visitaram a Escola Santa Rosa, onde estudam crianças dos 2º, 3º e 4º anos, que protagonizaram imagens espetaculares.
 
Essa foi a última atividade do ano de 2015, em que foram plantadas 10 mudas entre ipê e pitanga. Ao todo, o PCV já plantou cerce de 100 novas árvores em toda a cidade. E em 2016 tem muito mais.
 
Projeto Ciranda Verde 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

VÍDEO CIRANDA VERDE NA ESCOLA SANTA ROSA, EMOCIONANTE!

Assista o vídeo com mais uma ação de plantio do Projeto Ciranda Verde. Dessa vez, a equipe de voluntários esteve na Escola Santa Rosa na Marabá Pioneira onde foram plantadas 10 mudas de pitanga e ipê doados pela Secretaria Municipal de Agricultura.

É só clicar e ver como foi essa ação que fechou o ano do projeto com balanço positivo.

Projeto Ciranda Verde 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

VEJA COMO FOI O PLANTIO NA ESCOLA SANTA ROSA

Mais mãos aderiram à causa do benefício ao meio ambiente
Em mais uma ação de sucesso, o Projeto Ciranda Verde realizou junto com diretoria e alunos da escola Santa Rosa, o plantio comunitário de 10 árvores na área externa daquela instituição, que fica no final da Orla do Rio Tocantins.
 
A escola recebeu mudas de pitanga e ipê, que devem oferecer em breve sombra e frutas para a merenda escolar.
 
As crianças dos 3º e 4º anos participaram do bate-papo que dessa vez teve até contação de história com Gabriela Silva do PCV, que levou um enredo sobre deveres do cidadão de forma bem divertida para os pequenos.
 
Depois de assistirem também ao vídeo com ações do PCV, os alunos participaram do plantio das mudas, cujas "covas" (buracos usados para abrigar as plantas), tinham sido previamente abertas pela Secretaria de Urbanismo. 
"Gabi" Silva do PCV contou histórias para as crianças
A direção da escola, que realizava sua feira de ciências, agradeceu a intervenção do projeto que trouxe boas dicas de como melhorar o ar da cidade que anda tão poluído, apenas plantando árvores na cidade.
Com a ida à Escola Santa Rosa o Projeto ciranda Verde fecha o ano com um balanço positivo com aproximadamente 100 árvores plantadas em várias partes da cidade.
Em 2016 tem muito mais!
 
Projeto Ciranda Verde 
 
Texto/foto: André Vianello
   

HOJE TEM AÇÃO CIRANDA VERDE NA SANTA ROSA

Agrônomo Carlos Cavalcanti do PCV recebendo as mudas na Seagri
Hoje à tarde tem mais um plantio comunitário do Projeto (Movimento) Ciranda Verde, desta vez, os voluntários atendem o convite da Escola Santa Rosa, que fica no bairro do mesmo nome, próximo ao Grupamento Náutico do Exército, na Orla do Rio Tocantins, às 16h00.
 
COM FUNCIONA O PROCESSO DO PLANTIO
 
Depois que a escola ou instituição  define em seu calendário o dia da ação, contata com antecedência o Projeto Ciranda Verde através do e-mail: andresemedcom@gmail.com, em seguida os voluntário entram em contato com os demais parceiros que fazem parte do movimento, entre os quais: Guarda Florestal Indeva, grupos de escoteiros de Marabá, IFPA, Semma e Seagri (Secretaria Municipal de Agricultura), que atualmente fornece as mudas.
 
As ações consistem de bate-papo com os alunos a respeito de preservação do meio ambiente e importância de plantar árvore na cidade e na zona rural para a vida no Planeta.  Ao final depois de conversar e assistirem aos vídeos com outras ações do projeto, voluntários, servidores e alunos realizam o plantio das mudas na área da escola, instituição ou nos arredores de áreas para as quais se obtém autorização previa da prefeitura para a ação.
 
O Ciranda Verde é uma Organização Não Governamental, que reúne cidadãos voluntários em torno de ações de plantio e conscientização da comunidade para as questões ambientais.
 
Texto/foto: André Vianello
 
Projeto Ciranda Verde
 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

CÉU LIMPO À VISTA! SEGUNDA TEM AÇÃO CIRANDA VERDE

Dando continuidade a sua programação 2015, o Movimento Ciranda Verde realizará mais uma plantio comunitário nesta segunda-feira, (07) de dezembro no setor Marabá Pioneira.
 
A ação, que atende a um convite, será na Escola Santa Rosa, que fica no bairro do mesmo nome (próximo ao grupamento marítimo do Exército, no final da orla de Marabá), a partir das 16h00.
 
No ensejo, 10 árvores serão plantadas, entre espécies de grande porte e frutíferas, que poderão se assim desejar a direção, ser usadas para complementar a merenda escolar.
 
O Ciranda Verde aproveita para lembrar novamente que só ações de sustentabilidade como o reflorestamento e a preservação das áreas verdes podem garantir um futuro melhor, sem doenças, poluição e outros tantos males que o desequilíbrio ambiental provocado pela ganancia do homem trouxe para nossa sociedade.
 
A colossal nuvem de fumaça que toma o céu do Pará e a lama em Mariana-MG, são a prova inconteste da falência desse modelo econômico predatório baseado na pecuária agressiva, mineração e soja.
 
Texto: André Vianello
Foto: Professora Elisangela
 
Projeto Ciranda Verde  
 
 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

FUMAÇA TEM IMPEDIDO QUE O CALOR DISPERSE À NOITE

Mapa do Pará tomado pela fumaça (em vermelho). Fonte: Inpe
A forte onda de fumaça provocada pelas queimadas em todo o Pará tem sido decisiva para o aumento do calor durante as noites em Marabá e em toda a região.
 
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento da Amazônia Legal (Prodes), as queimadas têm crescido sensivelmente desde de agosto de 2014, conflitando com os investimentos do governo federal para combate-las no mesmo período.
 
RESULTADOS
 
Uma das consequências nefastas dessa fumaça concentrada no ar é a impossibilidade da dispersão natural do calor durante a noite. Na terça, 1º de dezembro, por exemplo os termômetros marcavam 30º em plenas 22h00. Com o intenso calor, as pessoas acabam acionando os aparelhos de ar-condicionado (inflacionando a conta de eletricidade) e deixando a cidade ainda mais quente.
 
Em tempos de convenções climáticas, percebe-se claramente que o Brasil não tem feito seu dever de casa, podendo sofrer com futuras sanções internacionais. A crise climática pode também agravar a crise econômica. As autoridades precisam entender de vez que prevenir é mais barato e inteligente que a mera omissão propagandista.
 
Texto: André Vianello
Imagem: www.inpe.br
 
Projeto Ciranda Verde
 
 

NOITES QUENTES E FUMAÇA, QUAL A RELAÇÃO?

Queimadas sem controle agravam os problemas urbanos também
Olhos vermelhos e irritados, pessoas tossindo e pigarreando, postos de saúde lotados de gente com problemas respiratórios e intenso calor dia e noite. Parece até que estamos falando de uma grande cidade do Sudeste brasileiro, contudo, a descrição é de Marabá.
 
Novamente, ecologistas chamam a atenção para o modelo predatório de pecuária predominante na Amazônia, que reúne desmatamento, a exigência de grandes áreas de pastagem, e em grande parte dos casos,  grilagem e trabalho escravo.
 
Esse paradigma que enriquece uma minoria (geralmente forasteiros) tem espalhado pobreza e doenças para grande parte da população local, que assiste a destruição do meio ambiente de sua região, enquanto respira o ar poluído de fumaça gerada pelas queimadas. Os gastos públicos com combate a incêndios e tratamentos de saúde aumentam na mesma proporção em que esse pequeno grupo se beneficia.
 
As autoridades de todas as instancias precisam trabalhar efetivamente para mudar essa realidade, antes que seja muito tarde. Pois o alerta é no sentido de evitar que a devastação chegue a um nível em que o próprio ecossistema de o "start" em um mecanismo de autodestruição, já que o ciclo das chuvas vem diminuindo ano a ano.
 
SOLUÇÕES INTELIGENTES
 
A implantação de sistemas que consorciam "floresta-pecuária-agricultura" como o desenvolvido pelo pesquisador João K* da Embrapa, pode ser uma ótima saída para recuperação de solos degradados, recomposição de florestas e de quebra gerar empregos.
 
As tragédias ambientais ocorridas recentemente no país servem de alerta para mudanças em nosso modelo de economia, que cada vez mais se baseia na "primarização" de produtos, apostando em minério, soja e gado de corte em vez de tecnologia.
 
A sociedade precisa se envolver para evitar a destruição dos recursos naturais que ainda restam. Caso contrário, morreremos abraçados e vítimas de um suicídio coletivo irracional.   
 
Texto: André Vianello
(*) a reportagem sobre esse sistema pode ser encontrada na edição Nº 361 da revista Globo Rural.
 
Projeto Ciranda Verde   
    

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

FUMAÇA DESMENTE "ESFORÇOS AMBIENTAIS" DO GOVERNO

Sol nascendo na cor laranja em Marabá e região devido a intensa fumaça
Tem sido assim nos últimos meses, fumaça em toda parte nos céus da Amazônia, justamente a região que deveria receber mais atenção do Poder Público, padece nas mãos de grileiros e com as promessas vazias da presidente Dilma Rousseff, em um ciclo destrutivo que eleva, dia a dia, os índices das derrubadas e queimadas. 
 
Em plena COP 21 (Convenção do Clima em Paris), o planeta vive a tensão de se tornar refém do Capitalismo, como tem sido convenções climáticas afora.
 
Mas uma novidade promete ser o diferencial desse encontro que começa na capital francesa neste 30 de novembro. É que os especialistas têm aumentado os alertas quanto aos danos a economia mundial como um todo.
 
Recente relatório do Painel Intercontinental para o Clima aponta que, mesmo com os esforços atuais para frear o aquecimento global, não será possível evitar que a temperatura do planeta suba mais 2º, o que seria um desastre para a produção de alimentos e à economia de forma geral.
 
O dilema fica novamente por conta do fator: (quem paga a conta?) mantendo de um lado, os países desenvolvidos que cresceram destruindo seus recursos naturais e permanecem fazendo o mesmo com os de outros países como o Brasil, que por sua vez sofre danos irreparáveis com a exploração de minério de ferro; do outro lado temos os países em desenvolvimento,  que consideram alto o ônus de preservar seus recursos, pois assim deixariam de crescer economicamente.
 
A população assiste a tudo passivamente, salvo o grito de alguns intelectuais e artistas, que já estão posicionados na Cidade Luz.
 
Deixe seu protesto a respeito desses desmandos através das redes sociais, mas sem esquecer de que é nosso dever também, a garantia da vida de futuras gerações. Por isso precisamos agir agora, mudando, por exemplo, nossos hábitos alimentares. 
 
PECUÁRIA PREDATÓRIA: A GRANDE VILÃ
 
A atividade pecuária pressiona os recursos naturais derrubando florestas, promovendo queimadas, liberando uma alta quantidade de gás metano no ar e em muitos casos elevando os números do trabalho escravo no nosso Estado.
 
Para se ter uma ideia do tamanho do impacto, seguindo os moldes atuais, são necessários 6 milhões de litros d'água para se criar um único boi. Deixar de consumir carne vermelha é um dos caminhos sustentáveis mais próximos do cidadão comum, além de ser uma atitude em prol do planeta, reduz o risco de você desenvolver câncer. Que tal pensar no assunto?
 
Texto/foto: André Vianello
 
Projeto Ciranda Verde     

sábado, 21 de novembro de 2015

RIO ITACAIÚNAS: POLÍCIA E SEMMA VÃO RETIRAR OS INVASORES DE MARGENS

Delegada Simone: "quem for flagrado será responsabilizado!"
Boa notícia para as pessoas que amam e torcem pelo Rio Itacaiúnas. Depois da audiência realizada no Ministério Público Estadual no último dia 19, ficou acertado que a Polícia Civil, com reforço da Polícia Militar e Semma irá intensificar as operações contra os invasores de Áreas de Preservação Permanentes (APPs), ao longo de toda a extensão urbana deste manancial.
 
De acordo com a delegada Simone Felinto, a maioria dos invasores se apossa irregularmente das margens do rio com a intenção de lotear e vender para terceiros, incorrendo, ambos em crime ambiental, que é passível de sanções, isto é, responsabilidade criminal. A situação dos infratores se agrava se a área for desmatada.
 
Para a delegada, a retirada imediata dos infratores ambientais é indispensável para que o rio não morra. A Força Tarefa criada com diversos órgãos governamentais e ONGs irá realizar em breve uma expedição ao longo das áreas para verificar de perto a situação e tomar providências junto ao Ministério Público Estadual.
 
A POPULAÇÃO PODE AJUDAR
 
Audiência no MP discutiu o rio
Assim como fizeram os integrantes do Grupo de Caiaque de Marabá, fotografando o cano de efluentes da JBS, a população pode colaborar encaminhando fotos e vídeos com flagrantes de crimes ambientais no Rio Itacaiúnas. (A recomendação do blog é que esse material seja feito sem que o cidadão se exponha a riscos desnecessários, tais como em ação de caçadores, que provavelmente se encontram armados). 
 
Para efeito de conhecimento, a legislação municipal considera APP a faixa de 100 metros de ambas as margens do rio. A declaração é do secretário de Meio Ambiente, Carlos Brito.
 
Texto/foto: André Vianello
 
Projeto Ciranda Verde 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

CIRANDA DO BEM: AMIGOS DO RIO, UMA IDEIA VERDE

Grupo de Caiaque se aquecendo para começar a atividade
A ONG Amigos do Rio, criada a partir do grupo de Caiaque de Marabá, foi a campo nesse feriado para executar, junto com o grupo de patinadores da orla e Ciranda Verde, a  limpeza do lixo depositado às margens da Avenida Marechal Deodoro na Pioneira.
 
O trabalho visa conscientizar a população sobre a degradação ambiental que vem ocorrendo há anos na parte de baixo da Orla do Rio Tocantins. Em menos de meia hora de trabalho, foram recolhidos mais de 15 sacos de lixo de 50L com papel, plástico, ferro e alumínio, tudo atirado nas águas pelos próprios moradores.    
 
A prefeitura enviou uma equipe de limpeza para colaborar na coleta e posterior recolhimento, mas acreditamos que parte do lixo que se encontrava embaixo da Orla poderia ter outro destino se o Poder Público espalhasse lixeiras ao longo do local.
 
Outras atividades com a mesma intenção irão acontecer na Marabá Pioneira, a data será noticiada através da imprensa e mais lixo deve ser recolhido. A iniciativa da  Amigos do Rio é louvável e merece nossa adesão e apoio.
 
A despoluição dos rios é nossa tarefa , pois todos nós somos agentes de poluição e precisamos dar destinação àquilo que produzimos, do contrário deixaremos o mau exemplo de presente para as próximas gerações, que certamente terão outra mentalidade.
 
Texto/fotos: André Vianello
 
Projeto Ciranda Verde

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

RIO ITACAIÚNAS: FORÇA TAREFA É CRIADA PARA PROJETO DE SALVAMENTO

Promotores do MPE ouvindo os ambientalistas e órgãos sobre o plano
Como foi antecipado pelo blog, ocorreu na manhã desta quinta-feira, (19) a reunião entre Ministério Publico Estadual, órgãos ambientais dos municípios da bacia do Itacaiúnas, ONGs e sociedade civil para discutir a criação de um plano de ação para intervir na questão deste importante rio, que padece com agressões de várias ordens ao longo de seu percurso.
O QUE FICOU DECIDIDO?
(Unifesspa)
Entre os encaminhamentos tirados da reunião, ficou acertada a criação de uma força tarefa com atuação de todos os órgãos presentes, de forma que cada um possa intervir na sua área de competência.
De imediato, pesquisadores e professores da Unifesspa, formaram uma equipe para realizar o levantamento de espécies de fauna e flora existentes ao longo do perímetro urbano de Marabá. O objetivo é descobrir o que deve ser plantado a partir do ano que vem para a recomposição das matas ciliares (prazo 60 dias).
(Polícia Civil e Semma)
A Polícia Civil, em conjunto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Polícia Militar, deve intensificar as operações nas áreas de preservação na Zona Urbana para retirar e autuar criminalmente quem, por ventura, estiver ocupando matas a menos de cem metros da calha do rio. 
(Ministério Público Estadual)
A Promotoria de Meio Ambiente de Marabá deve encaminhar após as providências dos órgãos da Força Tarefa para que haja a responsabilização civil e criminal dos contraventores que estão ocupando irregularmente as referidas áreas ao longo do rio e seus afluentes.


Delegada Simone: "faremos novas ações ao longo do rio! "
(Municípios da Bacia do Itacaiúnas) 
Os demais 10 municípios que fazem parte da Bacia do Itacaiúnas devem encaminhar ações equivalentes nas respectivas comarcas para a realização de ações conjuntas com os órgãos ambientais em sua área urbana e rural.
Daqui pra frente, acontecerão reuniões mensais com todo o grupo que compõe a Força Tarefa para avaliar os resultados das primeiras ações e encaminhar novas deliberações. O Projeto Ciranda Verde como integrante dessa Força Tarefa, acompanhará as ações e reuniões atuando no processo dentro de sua competência (voluntariado). As ações de sensibilização nas escolas vão continuar e mais providencias concretas como plantio urbano acontecerão nos próximos dias.
A batalha começou e você está convocado, compareça a próxima reunião no dia 15 de dezembro no auditório do MPE ao lado do Fórum de Marabá 
Texto/ fotos: André Vianello
Projeto Ciranda Verde
  

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

RECUPERAÇÃO DO ITACAIÚNAS: VAMOS PRECISAR DE TODO MUNDO!

Equipe que percorreu o rio por mais de um ano
A convite do Núcleo de Educação Ambiental (Neam) da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), o Movimento Ciranda Verde entra em campo e se junta ao esforço para ajudar na recuperação do Rio Itacaiúnas, cuja sentença de morte foi anunciada depois que um grupo de pesquisadores realizou um levantamento ao longo de sua bacia.
 
Neste dia 19 de novembro, às 8h00 da manhã, acontecerá no Ministério Público Estadual (MPE), uma reunião que juntará Poderes Públicos, empresariado, ONGs e movimentos sociais para discutir as próximas ações a  serem desenvolvidas em parceria para reverter a situação do importante manancial, que há anos agoniza com a degradação ambiental.
 
O QUE O LEVANTAMENTO REVELOU?
 
Denominada de "Itacaiúnas o Rio da Memória", a pesquisa foi liderada pelo biólogo Noé Von Atzingen. Os trabalhos da equipe começaram em abril de 2014, desde então,  foram percorridos 551 km começando na foz do Itacaiúnas, na Zona Urbana de Marabá até sua nascente, no município de Água Azul do Norte.
 
Entre os problemas detectados pelos pesquisadores estão: lixo, ocupação desordenada, caça, pesca predatória, fogo, despejo de efluentes, gado, assoreamento, exploração de areia, seixo e desmatamento.
 
Nessa próxima fase, o projeto pretende desenvolver as seguintes ações, segundo o documento produzido pela equipe que participou da expedição ao rio: divulgação dos resultados da pesquisa junto as comunidades envolvidas, comunidade científica  e instituições de ensino para suprir a carência de informações.
 
De acordo com professor  Von Atzingen, a expedição usou os dados do livro "Viagem a Itaboca e ao Itacaiúnas”, do pesquisador francês Henri Coudreau, obra escrita há mais de cem anos. Agora é hora de correr atrás do prejuízo e a participação de todos é bem vinda. Você pode ajudar denunciando a ocorrência de problemas como os mostrados nas pesquisas.
 
Texto: André Vianello
Fonte: NEAM/ Projeto Itacaiúnas, o Rio da Memória
Fotos: Projeto Itacaiúnas, o Rio da Memória 
 
Projeto Ciranda Verde
 

domingo, 15 de novembro de 2015

PEQUIÁ DE BAIXO: A TRAGÉDIA EM CÂMERA LENTA DA "MARIANA" NORDESTINA

A gigantesca nuvem de pó engole as casas e as esperanças de Pequiá
Toda grande tragédia serve para um propósito maior. O fracasso do homem o traz humilhação e mostra que as coisas podem ser diferentes.
 
A tragédia de Mariana-MG serviu para que o Brasil, país que sangra com as mazelas trazidas pela mineração, finalmente começasse a discutir esse assunto.
 
A barragem que se rompeu trouxe, junto com a enxurrada, o mar de lama que se esconde nessa atividade. (isso mesmo! Não vou importar a desgraça francesa, pois já temos suficientes por aqui!).
 
A Vale é uma das principais responsáveis por grandes desastres humanos e sociais espalhados por todo o nosso território. Aqui próximo, em Açailândia-MA, a comunidade de Pequiá de Baixo sofre há anos com as siderúrgicas implantadas no bairro, ao longo da BR-222.
 
População reunida na capela local
Dezenas de pessoas já morreram pela contaminação de metais pesados que se espalham pelas águas, ar, parede das casas e principalmente nos pulmões dos moradores.
As empresas subsidiárias da Vale e o Governo do Maranhão descumprem, sistematicamente, as promessas de remanejamento da população, que já mantém até um cemitério com as vítimas da pesada poluição.
 
A reinvindicação dos moradores, que já fizeram até campanha com camisetas e tudo, já chegou ao Papa Francisco, que recebeu a lembrança das mãos dos Missionários Combonianos em março desse ano! O Brasil precisa discutir a tragédia da exploração de minério, a natureza e as populações atingidas não aguentam mais!
 
Texto: André Vianello
Fonte: Justiça nos Trilhos
Foto: Maranhão Notícias
 
Projeto Ciranda Verde

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

ANÍSIO RECEBE 15 MUDAS DE IPÊ EM AÇÃO DE PLANTIO

Turma do "Anísio" envolvida com a ação do plantio na escola
Servidores e alunos da escola Anísio Teixeira do Belo Horizonte se ressentiam da falta de áreas verdes desde de que o prédio da instituição foi reformado há cerca de um ano e meio.
 
Depois de uma ação articulada entre direção e Movimento Ciranda Verde (PCV, Indeva, Semsur, Seagri e escoteiros), o local recebeu 15 mudas de ipês ao longo de seu pátio.
 
As plantas foram doadas pela Secretaria Municipal de Agricultura e foram levadas ao Anísio pelo engenheiro agrônomo Carlos Cavalcanti do PCV, após a abertura das covas pela Semsur na última quarta (11).
 
Os alunos participaram de dois pate-papos antes da ação, em que ficaram sabendo da importância da manutenção do meio ambiente para a sobrevivência da vida no Planeta.
 
De acordo com Sinara Cangussu, diretora do segmento ensino médio da escola, há muito tempo os alunos clamavam por conforto térmico e por locais que servissem de abrigo contra o Sol, "agora com a parceria do Ciranda Verde essa necessidade foi atendida", completou.
 
Alguns dos alunos representando os dois segmentos (médio e fundamental) se ofereceram para plantar as mudas, que foram espalhadas por toda a área interna da escola, outros ainda assumiram o compromisso de regar as plantas regularmente.
 
Em breve os ipês irão crescer, beneficiando toda a comunidade escolar com sombra e impactos positivos no microclima do entorno. O Ciranda Verde junto com os parceiros se orgulha de participar desse momento importante para mais uma escola da cidade.
 
Texto/foto: André Vianello
 
Projeto Ciranda Verde      

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

CIRANDA DO BEM: CONHEÇA A ONG FOCINHOS CARAENTES.

Voluntárias que participaram do bazar beneficente no domingo.
Fundada há um ano, a ONG Focinhos Carentes trabalha resgatando animais soltos pelas ruas de Marabá.
 
Neste domingo, 08 de novembro, foi realizado um bazar para angariar fundos para as atividades da ONG, que recebe apoio de clinicas veterinárias e petshops da cidade.
 
A ação dos voluntários que atuam com a iniciativa consiste em castrar, tratar da saúde e encaminhar cães e gatos para adoção.
 
Fundadora e atual presidente da "Focinhos", Fátima Mutran conta que em breve a sede da entidade deve ficar pronta para melhorar o atendimento aos animais.
 
Nossa torcida verde para que tudo dê certo, pois o trabalho da Focinhos Carentes é de suma importância não apenas para os animais, mas também para a saúde publica de maneira geral.
 
Texto/foto: André Vianello
 
Projeto Ciranda Verde

FEIRA DE ORGÂNICOS INICIA ATIVIDADES NO VALE DO ITACAIÚNAS

Necessidade de primeira ordem para a saúde, os alimentos orgânicos ganham novos adeptos a cada dia.
 
Pensando nisso, um grupo moradores do Vale do Itacaiúnas resolveu criar sua própria feira para oferecer produtos saudáveis para que a população de sete bairros não precise mais se deslocar grandes distâncias para fazer suas compras.
 
Neste domingo (8), a Feira do Vale, como está sendo chamado o local, funcionou pela primeira vez em uma das principais ruas do bairro.
 
O mais interessante é que os produtos, além de limpos, são fornecidos por horticultores do próprio local, ajudando a movimentar a economia popular na cidade. A partir de agora, graças a essa boa iniciativa popular, o público passa a contar com mais essa opção para se alimentar de forma saudável.
 
Parabéns aos moradores da região.
 
Texto: André Vianello
 
Projeto Ciranda Verde

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

"ANÍSIO" SE PREPARA PARA SEU PRIMEIRO PLANTIO COMUNITÁRIO

Alunos lotaram o auditório da escola para ouvir os visitantes
Na manhã desta quarta-feira (04), a equipe do Movimento Ciranda Verde, com a participação de integrantes da Indeva Guarda Florestal, esteve novamente na Escola Anísio Teixeira no Novo Horizonte para conversar com os alunos do primeiro turno.
Cmte. Augusto da Indeva e André Vianello do Projeto Ciranda Verde aproveitaram a ocasião para bater um papo sobre arborização com os estudantes.
Aproximadamente 120 alunos de várias turmas do ensino fundamental e médio participaram da ação lotando o auditório da escola.
Cmte. Augusto falando aos estudantes
Esta é a segunda vez que Anísio Teixeira recebe o Ciranda. A escola passou por uma reforma há cerca de um ano e meio e desde então ficou sem áreas verdes. Em função disso, as duas diretoras, Sinara Cangussu (ensino médio) e Conceição Braga (ensino fundamental) resolveram convidar o projeto para interferir na questão.
AS AÇÕES
Depois da primeira visita do PCV ao Anísio, o engenheiro agrônomo Carlos Cavalcanti membro do projeto solicitou junto à Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri) 15 mudas de árvores de grande porte, entre as quais estão Ipês roxos e brancos e Jenipapos, para a ação de plantio comunitário que deve acontecer na próxima terça (10).
Já na segunda-feira (09), outro parceiro do projeto, a Sumsur irá à escola perfurar as covas que
receberão as novas mudas desta nova ação. Com o plantio, alunos, professores e comunidade escolar esperam conseguir combater o calor intenso. Segundo depoimento de populares os estudantes não têm onde se abrigar do Sol sendo obrigados a se proteger ficando rente ao muro do local.
Texto/foto: André Vianello
Projeto Ciranda verde

sábado, 31 de outubro de 2015

ESPECIAL: PEC 215 ANUNCIA DIAS SOMBRIOS PARA A NATUREZA


Indígenas protestando contra aquilo que estão chamando de "PESTE 215"
Aprovada por 21 votos em uma comissão especial da Câmara no último dia 27, a PEC 215 propõe que o poder de decidir sobre as demarcações de terras indígenas saia das mãos do Executivo e vá para as do Congresso Nacional.
 
O blog resolveu fazer uma análise sobre as consequências danosas dessa medida e fazer umas perguntas, no mínimo intrigantes, que colocam sob suspeita o interesse dos parlamentares na aprovação definitiva da PEC.
 
A primeira reflexão vem dos ecologistas que estão extremamente preocupados com a possibilidade da aprovação. Eles alertam que atualmente, os mais empenhados na adoção da medida são os empresários da agropecuária brasileira, o problema é que esse segmento da sociedade é disparado o principal responsável pela devastação da Amazônia e das demais regiões do país.
 
Chama atenção o fato de na última eleição, a bancada ruralista, que defende exclusivamente os interesses dessa classe, aumentou sensivelmente. Assim, os desmatadores montaram seus exércitos e deram início à guerra contra a natureza.
 
Sabe-se também que as terras ocupadas pelos índios e fazendeiros pertencem à União e portanto não geram indenização. Os ruralistas querem mudar isso também, o que nos faz imaginar que a partir da aprovação, eles passarão a adquirir mais terras nessas regiões para lesarem deliberadamente o erário público.
 
Além disso, se as invasões crescerem em número crescerão também os conflitos e os assassinatos de indígenas (lado mais frágil).
 
Faremos, agora a primeira pergunta desta série para que você possa refletir sobre a questão:
 
Por que o súbito interesse dos congressistas em deter mais uma obrigação para si? Estariam eles desejando trabalhar mais, já que a atribuição pertence, atualmente, ao Ministério da Justiça? 
 
Pense nisso!
 
Texto: André Vianello
 
Projeto Ciranda Verde

sábado, 24 de outubro de 2015

SINAIS DOS TEMPOS: SECA JÁ É UMA REALIDADE EM TODO O BRASIL

Apesar dos vários alertas de ecologistas, índios e povos da floresta, o governo e a sociedade brasileira continuam inertes diante da hecatombe ambiental que estamos vivendo.

A natureza está mandando a conta muito mais rápido do que as pesquisas científicas previam.

Fenômenos como a estiagem prolongada, resultado do desmatamento e da consequente quebra do ciclo das chuvas e a própria seca avançam sobre os estados com uma velocidade impressionante

A imprensa noticia a morte de toda a biosfera, mas se omite quanto às verdadeiras causas de tudo: pecuária predatória, a corrida da soja na Amazônia e o apetite voraz do mercado imobiliário, que tem aterrado nascentes de água importantes para o abastecimento de rios em todo o Brasil.

Em Marabá, o Itacaiúnas agoniza dando seus últimos suspiros, (o condomínio Green Village é acusado de aterrar uma de suas nascentes); em Goiás mais de dez cidades decretaram estado de calamidade pública por causa da seca; no Rio Grande do Sul, recentemente, o nível do Rio Taquari, em Colina, baixou tanto que fez surgir uma pedra talhada com inscrições de 1943.

A sociedade precisa se mobilizar e começar a pressionar governo para encontrar soluções urgentes. E para não ficar apenas no âmbito das críticas, aí vão duas sugestões do Projeto Ciranda Verde: recuperação das matas ciliares dos Itacaiúnas (desde a  foz até a nascente principal) e a criação imediata do Parque Municipal do Bambuzal.

Ou fazemos algo agora, sem demagogia política e envolvendo todo mundo, ou o próximo filme que assistiremos será o Mad Max da vida real.

Texto: André Vianello
Projeto Ciranda Verde

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

CIRANDA VAI AO ANÍSIO TEIXEIRA

A turma do Anísio lotou o auditório pra tratar de preservação
Para atender ao pedido da diretora Sinara Cangussu, da escola Anísio Teixeira, o pessoal do Projeto Ciranda Verde esteve na tarde deste dia 22 no auditório da instituição para um bate-papo com os alunos das turmas de primeiros anos.
 
O assunto foi arborização, pois em breve, depois de um processo de sensibilização do público, o projeto pretende realizar um plantio com arvores de grande porte e plantas ornamentais nas dependências do Anísio.

Segundo a diretora Sinara, a escola foi reformada há pouco mais de um ano e desde então nenhum trabalho de intervenção paisagística foi realizado no local, que possui apenas um pé de ipê.
 
O"Anísio", lembra a servidora pública, tem muitos espaços vãos, o que aumenta o calor, além disso, os nossos alunos não têm onde se encontrar durante o intervalo. Se houvesse árvores, teríamos mais qualidade de vida por aqui, garante Sinara.
 
No início do mês de novembro, o pessoal do PCV deve retornar à escola para realizar a atividade com as árvores por lá.
 
Texto: André Vianello
Foto: Gabriela Silva
 
Projeto Ciranda Verde 

PERDEREMOS A BATALHA AMBIENTAL MESMO DE ARMAS NA MÃO?

Imagem: www.vitorsaberecriar.blogspot.com.br
O ser humano é o único ente da biosfera dotado pela natureza da capacidade de raciocínio. Cabe a nós, portanto, a tarefa de cuidar das demais criaturas e de todos os recursos naturais necessários a nossa sobrevivência. 

Contudo, ao longo das últimas décadas foi a preocupação constante em acumular bens de consumo, numa sanha capitalista, que nos levou velozmente ao esgotamento do Planeta. 

As grandes empresas poluem e vão para a mídia dizer o contrário; o jogo político avança com seus interesses econômicos sobre o que ainda resta da Amazônia; os rios estão secando rapidamente e os principais aquíferos agonizam num quadro crônico de stresse e, o mais grave: as pessoas comuns, co-responsáveis por todo esse processo, dormem inconscientes aguardando a próxima data comemorativa para lotar os shoppings e dar um novo golpe na natureza, com mais lixo, poluição do ar e degradação dos mananciais. 

Pensando bem, de que adianta sermos racionais se não utilizamos o raciocínio?


Texto: André Vianello

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

DEU NO JN! RELAÇÃO ENTRE ÁRVORES E CALOR











A maneira como uma cidade é ocupada, as construções, as áreas verdes, tudo isso tem ligação direta com o conforto que a cidade oferece ao cidadão. Isso é fácil de entender quando a gente fala da qualidade do ar que se respira, por exemplo. Ou do tempo de deslocamento das pessoas, de casa pro trabalho. Mas, um estudo feito em Goiânia mostra como a ocupação urbana interfere também nas temperaturas.
A cidade cresce, as árvores sofrem. Pra construir a pista de 22 quilômetros pro BRT - o ônibus que anda mais rápido -  duas mil árvores vão ser derrubadas. Os responsáveis pela obra dizem que replantarão outras 15 mil. Mas até lá…
"Agora que vai ficar mais quente ainda. Com este tempo seco que nós estamos vivendo", diz uma mulher.
Essa relação entre as árvores e as temperaturas virou tema de estudo na Universidade Federal de Goiás.
A pesquisa, feita no período de um ano comprovou que numa mesma cidade há climas diferentes. A temperatura máxima variou oito graus do bairro mais frio para o mais quente.
O trabalho começou em uma região de Goiânia. Um bairro de comércio, onde não há árvores, tudo é asfaltado e o trânsito é ruim o dia todo. Às três da tarde o termômetro marcou 39.8 graus. E a umidade: 14%. 
A equipe do Jornal Nacional mudou de região e foi pra uma área verde de Goiânia, em um dos maiores parques que tem na cidade. É impressionante a mudança na temperatura. Onde a equipe estava anteriormente, quase 40 graus. Ali, o termômetro marcava 32.2.
A umidade relativa do ar também melhorou. Subiu de 14 pra 40%.
Jornal Nacional: A explicação tá aqui?
Gislaine Luiz, professora de climatologia: No ambiente! Aqui nós temos uma área em que preserva a condição ambiental com vegetação natural e um lago.

E onde há muitos prédios, por exemplo, as temperaturas também são mais amenas, porque as construções criam uma barreira contra o sol, fazendo sombras.

“Nós temos que repensar uma política de organização das cidades brasileiras. Vincular projetos de arborização com o que já existe de construção, mas também na ampliação dessas cidades, introduzir nos projetos essa condição de uma arborização maior, mais efetiva", alerta Gislaine. 

Agora, ideal mesmo seria se todo mundo pudesse fazer como o Seu Vanderlan. Ele tem pés de jabuticaba e cajá-manga no quintal de casa. E isso é ótimo: no bairro dele, no meio da rua, a temperatura chegou a quase 42 graus, já no quintal: 37.
“Quintal em Goiânia que quase ninguém tem, né? Não tem ninguém que vem cá que não se apaixona”, diz o dentista Vanderlan Fernandes.
Texto/foto: reprodução g1.globo.com