sábado, 31 de outubro de 2015

ESPECIAL: PEC 215 ANUNCIA DIAS SOMBRIOS PARA A NATUREZA


Indígenas protestando contra aquilo que estão chamando de "PESTE 215"
Aprovada por 21 votos em uma comissão especial da Câmara no último dia 27, a PEC 215 propõe que o poder de decidir sobre as demarcações de terras indígenas saia das mãos do Executivo e vá para as do Congresso Nacional.
 
O blog resolveu fazer uma análise sobre as consequências danosas dessa medida e fazer umas perguntas, no mínimo intrigantes, que colocam sob suspeita o interesse dos parlamentares na aprovação definitiva da PEC.
 
A primeira reflexão vem dos ecologistas que estão extremamente preocupados com a possibilidade da aprovação. Eles alertam que atualmente, os mais empenhados na adoção da medida são os empresários da agropecuária brasileira, o problema é que esse segmento da sociedade é disparado o principal responsável pela devastação da Amazônia e das demais regiões do país.
 
Chama atenção o fato de na última eleição, a bancada ruralista, que defende exclusivamente os interesses dessa classe, aumentou sensivelmente. Assim, os desmatadores montaram seus exércitos e deram início à guerra contra a natureza.
 
Sabe-se também que as terras ocupadas pelos índios e fazendeiros pertencem à União e portanto não geram indenização. Os ruralistas querem mudar isso também, o que nos faz imaginar que a partir da aprovação, eles passarão a adquirir mais terras nessas regiões para lesarem deliberadamente o erário público.
 
Além disso, se as invasões crescerem em número crescerão também os conflitos e os assassinatos de indígenas (lado mais frágil).
 
Faremos, agora a primeira pergunta desta série para que você possa refletir sobre a questão:
 
Por que o súbito interesse dos congressistas em deter mais uma obrigação para si? Estariam eles desejando trabalhar mais, já que a atribuição pertence, atualmente, ao Ministério da Justiça? 
 
Pense nisso!
 
Texto: André Vianello
 
Projeto Ciranda Verde

sábado, 24 de outubro de 2015

SINAIS DOS TEMPOS: SECA JÁ É UMA REALIDADE EM TODO O BRASIL

Apesar dos vários alertas de ecologistas, índios e povos da floresta, o governo e a sociedade brasileira continuam inertes diante da hecatombe ambiental que estamos vivendo.

A natureza está mandando a conta muito mais rápido do que as pesquisas científicas previam.

Fenômenos como a estiagem prolongada, resultado do desmatamento e da consequente quebra do ciclo das chuvas e a própria seca avançam sobre os estados com uma velocidade impressionante

A imprensa noticia a morte de toda a biosfera, mas se omite quanto às verdadeiras causas de tudo: pecuária predatória, a corrida da soja na Amazônia e o apetite voraz do mercado imobiliário, que tem aterrado nascentes de água importantes para o abastecimento de rios em todo o Brasil.

Em Marabá, o Itacaiúnas agoniza dando seus últimos suspiros, (o condomínio Green Village é acusado de aterrar uma de suas nascentes); em Goiás mais de dez cidades decretaram estado de calamidade pública por causa da seca; no Rio Grande do Sul, recentemente, o nível do Rio Taquari, em Colina, baixou tanto que fez surgir uma pedra talhada com inscrições de 1943.

A sociedade precisa se mobilizar e começar a pressionar governo para encontrar soluções urgentes. E para não ficar apenas no âmbito das críticas, aí vão duas sugestões do Projeto Ciranda Verde: recuperação das matas ciliares dos Itacaiúnas (desde a  foz até a nascente principal) e a criação imediata do Parque Municipal do Bambuzal.

Ou fazemos algo agora, sem demagogia política e envolvendo todo mundo, ou o próximo filme que assistiremos será o Mad Max da vida real.

Texto: André Vianello
Projeto Ciranda Verde

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

CIRANDA VAI AO ANÍSIO TEIXEIRA

A turma do Anísio lotou o auditório pra tratar de preservação
Para atender ao pedido da diretora Sinara Cangussu, da escola Anísio Teixeira, o pessoal do Projeto Ciranda Verde esteve na tarde deste dia 22 no auditório da instituição para um bate-papo com os alunos das turmas de primeiros anos.
 
O assunto foi arborização, pois em breve, depois de um processo de sensibilização do público, o projeto pretende realizar um plantio com arvores de grande porte e plantas ornamentais nas dependências do Anísio.

Segundo a diretora Sinara, a escola foi reformada há pouco mais de um ano e desde então nenhum trabalho de intervenção paisagística foi realizado no local, que possui apenas um pé de ipê.
 
O"Anísio", lembra a servidora pública, tem muitos espaços vãos, o que aumenta o calor, além disso, os nossos alunos não têm onde se encontrar durante o intervalo. Se houvesse árvores, teríamos mais qualidade de vida por aqui, garante Sinara.
 
No início do mês de novembro, o pessoal do PCV deve retornar à escola para realizar a atividade com as árvores por lá.
 
Texto: André Vianello
Foto: Gabriela Silva
 
Projeto Ciranda Verde 

PERDEREMOS A BATALHA AMBIENTAL MESMO DE ARMAS NA MÃO?

Imagem: www.vitorsaberecriar.blogspot.com.br
O ser humano é o único ente da biosfera dotado pela natureza da capacidade de raciocínio. Cabe a nós, portanto, a tarefa de cuidar das demais criaturas e de todos os recursos naturais necessários a nossa sobrevivência. 

Contudo, ao longo das últimas décadas foi a preocupação constante em acumular bens de consumo, numa sanha capitalista, que nos levou velozmente ao esgotamento do Planeta. 

As grandes empresas poluem e vão para a mídia dizer o contrário; o jogo político avança com seus interesses econômicos sobre o que ainda resta da Amazônia; os rios estão secando rapidamente e os principais aquíferos agonizam num quadro crônico de stresse e, o mais grave: as pessoas comuns, co-responsáveis por todo esse processo, dormem inconscientes aguardando a próxima data comemorativa para lotar os shoppings e dar um novo golpe na natureza, com mais lixo, poluição do ar e degradação dos mananciais. 

Pensando bem, de que adianta sermos racionais se não utilizamos o raciocínio?


Texto: André Vianello

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

DEU NO JN! RELAÇÃO ENTRE ÁRVORES E CALOR











A maneira como uma cidade é ocupada, as construções, as áreas verdes, tudo isso tem ligação direta com o conforto que a cidade oferece ao cidadão. Isso é fácil de entender quando a gente fala da qualidade do ar que se respira, por exemplo. Ou do tempo de deslocamento das pessoas, de casa pro trabalho. Mas, um estudo feito em Goiânia mostra como a ocupação urbana interfere também nas temperaturas.
A cidade cresce, as árvores sofrem. Pra construir a pista de 22 quilômetros pro BRT - o ônibus que anda mais rápido -  duas mil árvores vão ser derrubadas. Os responsáveis pela obra dizem que replantarão outras 15 mil. Mas até lá…
"Agora que vai ficar mais quente ainda. Com este tempo seco que nós estamos vivendo", diz uma mulher.
Essa relação entre as árvores e as temperaturas virou tema de estudo na Universidade Federal de Goiás.
A pesquisa, feita no período de um ano comprovou que numa mesma cidade há climas diferentes. A temperatura máxima variou oito graus do bairro mais frio para o mais quente.
O trabalho começou em uma região de Goiânia. Um bairro de comércio, onde não há árvores, tudo é asfaltado e o trânsito é ruim o dia todo. Às três da tarde o termômetro marcou 39.8 graus. E a umidade: 14%. 
A equipe do Jornal Nacional mudou de região e foi pra uma área verde de Goiânia, em um dos maiores parques que tem na cidade. É impressionante a mudança na temperatura. Onde a equipe estava anteriormente, quase 40 graus. Ali, o termômetro marcava 32.2.
A umidade relativa do ar também melhorou. Subiu de 14 pra 40%.
Jornal Nacional: A explicação tá aqui?
Gislaine Luiz, professora de climatologia: No ambiente! Aqui nós temos uma área em que preserva a condição ambiental com vegetação natural e um lago.

E onde há muitos prédios, por exemplo, as temperaturas também são mais amenas, porque as construções criam uma barreira contra o sol, fazendo sombras.

“Nós temos que repensar uma política de organização das cidades brasileiras. Vincular projetos de arborização com o que já existe de construção, mas também na ampliação dessas cidades, introduzir nos projetos essa condição de uma arborização maior, mais efetiva", alerta Gislaine. 

Agora, ideal mesmo seria se todo mundo pudesse fazer como o Seu Vanderlan. Ele tem pés de jabuticaba e cajá-manga no quintal de casa. E isso é ótimo: no bairro dele, no meio da rua, a temperatura chegou a quase 42 graus, já no quintal: 37.
“Quintal em Goiânia que quase ninguém tem, né? Não tem ninguém que vem cá que não se apaixona”, diz o dentista Vanderlan Fernandes.
Texto/foto: reprodução g1.globo.com

VAMOS FORTALECER A LUTA PELO PARQUE AMBIENTAL DO BAMBUZAL

O parque já é lei, só precisa sair do papel. Vamos pressionar as autoridades para que ele se torne uma realidade e beneficie a todos os marabaenses!

Projeto Ciranda Verde

PARQUE AMBIENTAL DE MARABÁ JÁ É LEI, MAS NÃO SAIU DO PAPEL

A área ao centro do mapa da cidade corresponde ao futuro parque
No Plano Diretor de Marabá, lei que rege as políticas da cidade, consta que a área correspondente as duas marges do aterro de acesso à Marabá Pioneira, chegando às margens do Rio Itacaiúnas à esquerda, Grota Criminosa à direita e com limites na marginal direita da "Transamazônica" está reservada para a a construção de um parque ambiental municipal. 

O local, que é uma Zona Ecológica de Interesse Ambiental (Zeia) é conhecido como Bambuzal. A implantação do parque seria extremamente benéfica para Marabá, que teria o calor amenizado e o ar menos poluído em função da presença das árvores bem no meio da cidade. 

Contudo, as autoridades não têm atentado para esta importante demanda da nossa sociedade e consta que até já empresas de olho no local a fim de edificar prédios comerciais. Na Semma, o titular Carlos Brito disse que o parque é importante mas que faltam recursos. 

Nós do Movimento Ciranda Verde acreditamos que, uma vez sendo previsto em lei, o parque só precisa de pressão popular para sair definitivamente do papel. "A população ainda não entendeu a relação que existe entre a falta de cobertura verde na cidade e os extremos calor e poluição!", garante o engenheiro agrônomo Carlos Cavalcanti, integrante do projeto. 

Em breve o PCV pretende organizar um passeio ciclístico até o local do futuro parque e produzir um vídeo-documentário sobre a situação do mesmo, que ano a ano sofre com as inúmeras queimadas, muitas delas criminosas.

Texto: André Vianello
Foto: Google Maps  

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

JBS:DÁ PRA CONFIAR, TONY?

Considerada a maior processadora de carnes do mundo, a empresa JBS, dona da Friboi mantêm uma campanha milionária na TV e rádio para convencer os brasileiros de que seus produtos são de confiança.
 
O bordão popularizado pelo ator Tony Ramos (Globo), que fatura algo em torno de R$ 4,5 milhões anualmente desde de 2013 para atuar como garoto propaganda da marca, ajudou a aumentar a vendas da JBS em 20%.
 
Contudo, o famoso: "É Friboi? Então, pode confiar!" esconde uma postura não tão confiável da gigante da carne. A JBS, que teve origem no Goiás, também produz couro, biodiesel, colágeno, embalagens metálicas e produtos de limpeza como está descrito em seu site. 
 
Na pagina, é possível encontrar ainda, um cantinho reservado à postura do dono, (João Mineiro), que entre outros valores ostentaria: "disciplina, humildade, disponibilidade, simplicidade e franqueza", nada mais artificial e hipócrita, pois é justamente o contrário desses escritos que a sociedade marabaense tem testemunhado há anos com as empresas do grupo instaladas na cidade.
 
Mau cheiro, crimes ambientais e indiferença com as demandas da comunidade, são apenas alguns exemplos da verdadeira postura da JBS em Marabá, onde a população padece com os malfeitos do senhor mineiro.
 
A revolta contra o matadouro e frigorífico da JBS aumentou nos últimos dias depois da denúncia de um jornal local envolvendo um truque barato, o despejo de efluentes direto no Rio Itacaiúnas.
 
Mesmo diante das várias investidas da imprensa marabaense por respostas, a empresa, tanto em sua sede na cidade, como na central instalada em Brasília -DF, deu de ombros, respondendo apenas com ameaças de fechamento e demissões, em vez de regularização ambiental.
 
Nem mesmo o Poder Legislativo da cidade obteve qualquer satisfação sobre os crimes ambientais por parte da empresa.
 
E então, dá pra confiar?
 
Texto: André Vianello
Foto: Arquivo TV Globo
 
Projeto Ciranda Verde

domingo, 18 de outubro de 2015

ECOLOGISTA ALERTA PARA O PERIGO DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL PARA

Marini: "novo código não tem base científica!"
A aprovação do novo Código Florestal Brasileiro é considerado pelos ecologistas e cientistas, um grande desastre para o meio ambiente e para os principais biomas do país. 

Coordenador do Centro de Pesquisas para Conservação do Cerrado, (Cerratensis/Icmbio) Inildo Marirni alerta para o a total falta de cientificidade das propostas do documento, numa clara referência à sanha econômica que inspirou sua criação. 

Marirni afirma ainda que o antigo Código Florestal dava base científica para que o Ibama e outros órgãos pudessem proteger a natureza com embasamento na lei.

O WWF Brasil lançou uma cartilha onde alerta para os enormes riscos que o novo Código Florestal Brasileiro representa para o nosso já fragilizado meio ambiente e chama a atenção para a interferência da bancada ruralista na aprovação do mesmo. Veja os principais riscos:

Risco de tragédias
Você sabia que as florestas contribuem para diminuir o impacto de catástrofes naturais? As mudanças propostas no Código Florestal põem em risco essa proteção.
Risco de extinção de espécies
As mudanças no Código Florestal reduzem áreas de reserva legal, que protegem a biodiversidade de nosso país. 
Aumento do desmatamento
O texto sugerido na Câmara dos Deputados propõe perdão de multas por desmatamento feito até 2008 e não exige a recuperação de áreas desmatadas ilegalmente. 
Mudanças Climáticas
Com o desmatamento, há um risco potencial de quase 7 bilhões de toneladas de carbono acumuladas em diversos tipos de vegetação nativa serem lançadas na atmosfera. Veja a matéria completa em www.wwf.org.br
blog Ciranda Verde lembra que para que o código fosse aprovado, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha praticou uma série de manobras, conhecidas como "jabutis", que se resumem a incluir trechos que não constavam da redação original do texto, tudo para beneficiar financiadores de campanha.
Texto: André Vianello
Fonte:www.senado.gov.br/ www.wwf.org.br
Projeto Ciranda Verde

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

IMPACTO DOS FOGOS DE ARTIFÍCIO NOS PÁSSAROS

O impacto dos fogos é bastante grande. Além de causarem ferimentos em adultos e crianças, exercem um grande efeito no meio ambiente, principalmente das pequenas e médias cidades. 

Isto porque, este tipo de aglomeração urbana ainda possui uma grande variedade de animais selvagens, notadamente pássaros, que vivem na periferia destas cidades; na zona limítrofe entre a ocupação humana e o campo ou a vegetação natural (floresta, cerrado ou caatinga). É bastante comum em cidades localizadas em regiões que ainda dispõem de vegetação original (floresta amazônica ou mata atlântica), observar a presença de pássaros característicos da floresta nos bairros periféricos.

Alguns destes pássaros são migratórios, como as andorinhas, que se deslocam todo ano do hemisfério Norte (Alasca, Canadá, Estados Unidos) para a América do Sul, passando pelo Brasil. Estas aves são bastante comuns no final da primavera no interior do estado de São Paulo, onde sua presença provocou protestos de parte da população, devido à sujeira e odor de suas fezes. 

Chegou-se, inclusive, a falar em eliminação destes pássaros – fato que felizmente não ocorreu. Importante aspecto da presença destas aves nas cidades é a eliminação de grandes quantidades de insetos, inclusive aqueles que são vetores de doenças como a dengue e a malária. Dados apontam um aumento dos casos de dengue nas cidades do interior do São Paulo, desde que diminuiu a presença de andorinhas e outros pássaros silvestres, com o crescimento das cidades e avanço da agricultura.

É assim que o uso indiscriminado de fogos de artifício vem afastando das cidades os pássaros – coleirinha, bico de lacre, andorinha, sanhaço, sabiá laranjeira, bem-te-vi, pintassilgo, tico-tico, corruíra, joão de barro, entre outros – que se alimentam de todo tipo de inseto danoso ao ser humano. O constante barulho das explosões e dos tiros faz com que os pássaros se afastem da região, abrindo espaço para os insetos. No entanto, o uso consciente dos fogos de artifício poderia contribuir para preservar este tipo característico de fauna presente nas cidades.

Texto: Ricardo Ernesto Rose 
Fonte: www.projetoecoinovacao.com.br

Projeto Ciranda Verde

CÍRIO SEM FOGOS: POLUIÇÃO E RISCOS À SAÚDE HUMANA E DE ANIMAIS

Pássaros mortos após queima de fogos.                  Imagem:cozinhandocomjosy.com
Todo último dia do ano costuma ser um verdadeiro espetáculo pirotécnico. É uma tradição quase que mundial. No Brasil consta até em orçamento público de muitas cidades os gastos com a queima de fogos na virada. 

Mas ao mesmo tempo em que encanta os expectadores que assistem a explosão de cores nos céus, o encanto passa longe dos animais, que sofrem com o barulho das explosões que superam, em alguns casos, mais de 120 dB; sem falar que a queima dos produtos químicos que dão o brilho gera gases poluentes.

As brilhantes cores dos fogos de artifício são resultado da queima, em alta temperatura, de sais de metais como o bário, o magnésio, o cálcio e do nitrato de estrôncio que, além do gás carbônico, produzem poluição na atmosfera provocando prejuízos à saúde. 

Em 2005, por exemplo, a capital mexicana amanheceu com altos níveis de poluição devido à queima de fogos de artifício durante as comemorações do Ano Novo e a população teve a recomendação de não praticar atividades ao ar livre até os níveis de poluição não voltarem aos patamares aceitáveis.  

Fazendo uma comparação, o presidente da gestora de resíduos Lipor, Macedo Vieira, afirmou que uma noite de fogos de artifício em Londres polui mais do que uma incineradora durante um ano.

Fontes: www.sosmeioambiente   - www.noticiaanimal.com.br

Projeto Ciranda Verde

CÍRIO SEM FOGOS: SUPREMA CORTE DA ÍNDIA PROIBE ROJÕES EM FESTA MILENAR

No Diwali, a Índia proibiu rojões entre entre 22h e 06h

Nos últimos anos, durante as comemorações das festas das luzes na Índia, a utilização de rojões está sendo sistematicamente criticada pelas organizações de defesa do meio ambiente e de defesa dos direitos humanos. 

Com efeito, os rojões são considerados poluentes sonoros que afetam particularmente as crianças e as pessoas idosas, cujo sono é perturbado pelas explosões que ocorrem até tarde da noite. Todavia, a preocupação não se limita aos seres humanos; os indianos sentem-se incomodados com os efeitos dos estrondos nos animais domésticos. Essas perturbações ao sono estão em total contradição com os preceitos hindus de respeito à natureza. 

Na realidade, os animais são particularmente sensíveis aos ruídos, pois a sua audição é mais desenvolvida do que as dos seres humanos. Os animais domésticos, como os gatos e os cachorros, assim como os rebanhos em liberdade nas ruas, na Índia, são afetados pelo barulho e permanecem confusos durante as festas.

Algumas organizações não-governamentais, na Índia, vêm tentando sensibilizar o povo com relação a esses problemas. Aliás, além da explosão, os rojões provocam a formação de uma fumaça e uma névoa que se estende sobre as cidades até o dia seguinte às festas; a atmosfera assim poluída é prejudicial à saúde, em especial às pessoas com distúrbios respiratórios, e a névoa causa uma redução da visibilidade para os motoristas. 


Como na Índia e no Brasil, esses momentos de festas são usados por alguns para mostrarem o seu status social e a sua riqueza, o que estimula a compra de rojões cada vez mais possantes e barulhentos. 

Recentemente na Índia, o governo vem se esforçando para combater essa ameaça. Uma das primeiras medidas veio da Suprema Corte da Índia, que proibiu os rojões por ocasião das festas das luzes entre 22h e 06h, alegando que “o sono é um direito fundamental do cidadão”; ainda que essa interdição não seja estritamente respeitada, ela já teve alguns efeitos políticos: a Comissão Central de Controle da Poluição proibiu o uso de rojões cujo nível de decibéis ultrapasse 125 decibéis a uma distância de 4 metros da explosão. 
Por outro lado, as ONGs vêm tentando sensibilizar as crianças nas escolas, sobre os efeitos maléficos dos rojões, pedindo aos professores para agir junto aos pais, desaconselhando-os a compra de rojões assim como os fogos de artifícios. Estas diversas ações têm dado resultados positivos reduzindo consideravelmente a poluição sonora durante as festas.

Texto: Ronaldo Rogério de Freitas Mourão/ Revista Eco
Foto: www.uol.com.br

CAMPANHA POR UM CÍRIO SEM FOGOS: POR QUE OS CÃES SOFREM TANTO?

Você se incomoda com o barulho dos rojões em dias de jogos de futebol ou em outros tipos de comemorações? Quem também pode não gostar nem um pouco das explosões é o seu cãozinho de estimação, que possui uma audição bem mais sensível do que a sua.

Os cães possuem uma capacidade auditiva diferente do ser humano. Assim, para efeitos de comparação, o ouvido canino é capaz de perceber sons com frequência entre 10 Hz (Hz = Hertz, uma unidade de medida da frequência de uma onda) e 40.000 Hz; já o homem percebe sons na faixa de 10 Hz a 20.000 Hz. 

Além disso, os cães conseguem detectar sons quatro vezes mais distantes que o ser humano. Isto acontece por razões de evolução e adaptação: o ser humano, com seus olhos posicionados bem à frente (ao contrário dos cães, que são mais laterais), consegue focar um objeto com maior precisão, além de ter um campo visual maior. Com esse aprimoramento da visão, a audição ficou em segundo plano. 

Nos cães, há maior dependência do sentido auditivo que nos homens; assim, sua audição deve "compensar" a sua visão. Por fim, o ser humano se tornou tão especializado em suas faculdades mentais (cognição e raciocínio) que a audição é apenas mais um suporte ao processo (junto com todos os outros sentidos).

Pense nisso!

Projeto Ciranda Verde

VEJA AS VANTAGENS DE UM PARQUE AMBIENTAL PARA A CIDADE

Imagem: www.oficinadanet.com.br
As temperaturas altas prejudicam as saúde pública, aumentando sensivelmente os gastos com internações para um sem número de pessoas com doenças respiratórias, por isso, investir em um parque ambiental é também economizar recursos públicos, pois com a capacidade das árvores em retirar o gás carbônico (CO2) que nós produzimos, o ar melhora e consequentemente teremos menos gente adoecendo e faltando ao trabalho etc. 

As árvores também atuam redução do calor ao expelirem oxigênio (O2) e vapor d'água para a atmosfera. Esse processo fotossintético mostrado na ilustração é indispensável para a produção das chuvas que alimentam nossos mananciais.

O engenheiro Agrônomo Carlos Cavalcanti, do Projeto Ciranda Verde, afirma que uma das vantagens de se criar um parque ambiental está na vigilância e na proteção às árvores, que não podem mais ser cortadas, segundo ele ainda, a cidade tem uma carência muito grande de árvores e o parque seria decisivo na melhora do microclima de Marabá, com a consequente redução do calor e melhoria do ar, de forma geral.

O Parque ambiental de Marabá está previsto no Plano Diretor da cidade e precisa ser implantado pois existe o risco da área ser tomada pela especulação imobiliária. A hora de pressionar os poderes públicos para a implantação desse equipamento público indispensável para a população.

Continua a campanha do blog para conseguir sugestões de nome para ao futuro parque, dê a sua!

Texto: André Vianello

Projeto Ciranda Verde          

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

CAMPANHA A CRIAÇÃO DO PARQUE AMBIENTAL DO BAMBUZAL, ELE PODE SALVAR O CLIMA DE MARABÁ!

O local previsto no Plano Diretor de Marabá para a criação do Parque Municipal é uma "Zeia" Zona Ecológica de Interesse Ambiental, mas está ameaçada pelas queimadas (por falta de árvores de grande porte). 

Segundo o engenheiro Agrônomo Carlos Cavalcanti, do Projeto Ciranda Verde, a falta de vigilância e de árvores para proteger o capim do Sol ajudam a aumentar as queimadas no local. 

Se o parque for criado, como prevê a lei que rege a cidade, ele deverá contribuir para a amenização do calor e de poluição em Marabá, pois toda a fumaça das queimadas feitas no local, se espalham pelos bairros, elevando a temperatura e trazendo doenças respiratórias. 

QUE TAL FORTALECER A CAMPANHA CRIANDO UM NOME PARA O PARQUE?

Dê sua sugestão para o nome do parque ambiental, ou você vai querer que ele receba o nome de um político? O blog do Ciranda Verde sugere o simpático e sonoro nome de Parque do Bambuzal e você?

É HORA DE EXIGIR DA PREFEITURA E CÂMARA, QUE O PARQUE AMBIENTAL DE MARABÁ SAIA DO PAPEL!

As queimadas tomam conta do local
O Plano Diretor de Marabá prevê que na área que vai do Bambuzal que dá acesso à Marabá Pioneira até a margem do Rio Itacaiúnas deve ser preservada para a construção do Parque Ambiental da Cidade. 

A área do novo parque também se estende até próximo à Vila Militar Castelo Branco, na Nova Marabá, desde a marginal da Transamazônica até a atual obra da Grota Criminosa, do outro lado do Bambuzal. Se construído, o parque deverá amenizar o clima quente da cidade e reduzir a poluição, pois é justamente lá que hoje se concentra o maior número de queimadas urbanas. 

Mas as autoridades competentes estão paradas, como que aguardando que a especulação imobiliária tome conta do lugar. Já há grandes redes de supermercados de olho na local, interessadas em aumentar seus lucros e o calor na cidade.

A sociedade precisa se mobilizar a exemplo do que está fazendo com a questão do Rio Itacaiúnas para cobrar da Semma, um posicionamento firme sobre o assunto. 

Em entrevista dada ao blog no dia 04 de setembro, o secretário de Meio Ambiente, Carlos Brito, quando indagado sobre o parque, se limitou a responder que não havia recursos para sua criação, contudo, é consenso entre os ambientalistas de Marabá que a prefeitura apresente um plano e se pronuncie sobre os valores necessários para esta obra que é indispensável e imperiosa para nossa cidade. 

Levante essa bandeira!   

Texto: André Vianello
Foto: Gabriela Silva

COMO FICA O TEMPO EM MARABÁ?

Na quinta as temperaturas chegarão a 38°, com sensação térmica de até 42°. 
A umidade relativa do ar prenuncia mais um dia seco, ficando entre 35% a 85%. 


Céu parcialmente nublado durante todo o dia. Se a quarta já foi de extremo desconforto térmico, o que afeta negativamente o humor das pessoas, a quinta será ainda mais impiedosa.

Os dados são do Instituto Nacional Meteorologia do Ministério da Agricultura e Abastecimento.

Dicas do blog: Evite sair desnecessariamente ao Sol nos horários de 10 às 17 horas, se tiver que fazê-lo, use protetor solar 1/2 hora antes de se expor.

Os perigos de insolação também existem, beba bastante líquido e use hidratante de pele tão logo esteja em casa, após um banho.

Cuide-se e cuide da natureza.

Texto: André Vianello

Projeto Ciranda Verde

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

NASA ALERTA SOBRE AQUÍFEROS QUE ESTÃO SECANDO RAPIDAMENTE

Oito dos 37 principais aquíferos do mundo foram classificados como "sobre estressados", pois praticamente 
não têm novo volume de água entrando para compensar o uso,     segundo dois estudos da Universidade da 
Califórnia, baseados em dados de satélites da Nasa.        Outros cinco aquíferos são classificados como 
"altamente  estressados", o que significa que água nova está entrando nessas bases, mas elas ainda enfrentam
problemas.
Os aquíferos se tornam estressados quando água em excesso é retirada de sua base para uso residencial, 
agrícola ou industrial, ao mesmo tempo a água da superfície não entra em volume suficiente para reabas-
tecer as formações rochosas subterrâneas.

O Sistema Aquífero Árabe, uma fonte-chave de água para 60 milhões de pessoas na Arábia Saudita, Iraque,
Catar, Síria e outros países, é o mais sobre estressado, mostrou a pesquisa. 

A Base Aquífera Indu, no noroeste da Índia e no Paquistão, é a segunda mais vulnerável, e a Base Murzuk-
Djado, no norte da África, é a terceira. Todas essas regiões já sofrem com variados graus de tensões políti-
cas, e a escassez de água vai invariavelmente  elevar os problemas sociais, disseram os pesquisadores. 

"Estamos tentando alertar agora para apontar onde o gerenciamento ativo hoje pode proteger vidas e o sustento
 no futuro", disse em comunicado Alexandra Richey, autora principal dos dois estudos.

Os cientistas não sabem exatamente o quanto de água ainda resta nos aquíferos. "Em uma sociedade com 
escassez de água, não podemos mais tolerar esse nível de incerteza, especialmente se a água da Terra
está desaparecendo tão rapidamente", acrescentou. 

Com informações de Thomson Reuters Foundation  /Por Chris Arsenault

COMISSÃO PASTORAL DA TERRA DENUNCIA: AFLUENTES DO SÃO FRANCISCO ESTÃO SECANDO

Rio Pacuí, Norte de Minas, totalmente seco pela ganância humana
Como feridas abertas no mapa de Minas, a seca avança por importantes bacias hidrográficas do estado. 
Assolados pela estiagem, afluentes da Bacia do São Francisco, no Norte do estado, estão vendo suas águas sumirem devido a longos períodos sem chuva, mas também por intensa exploração humana, representada por captações irregulares para irrigação, perfuração descontrolada de poços artesianos, que sugam o lençol freático, e avanço do desmatamento. 
Em um dos mais preocupantes episódios desse quadro desolador, foi o Rio Jequitaí que se rendeu. O manancial teve o curso interrompido pela primeira vez na história, no trecho próximo ao povoado de Buriti Grande, município de Francisco Dumont. Assim como ele, muitos rios já não conseguem correr pelas terras áridas do Norte de Minas. É o caso do Pacuí, que faz parte da mesma bacia do Jequitaí e está interrompido desde a nascente até o município de Pentáurea.
Na rede de afluentes do São Francisco, também pedem socorro os rios Guavinipã, São Domingos, Juramento e o Córrego do Onça. De acordo com o técnico em Meio Ambiente e Recursos Hídricos José Ponciano Neto, do Departamento Norte da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a situação dos mananciais já compromete o abastecimento nas cidades que dependem da captação no curso d’água, como Montes Claros, Bocaiuva, Francisco Sá e Guaraciama.

O problema histórico da falta d’água na região está ainda pior nesta temporada de estiagem, segundo Ponciano. “Apesar de ser reflexo de períodos de seca prolongada, a ação cada vez mais predatória de fazendeiros e da população em geral alterou muito a quantidade de água dos rios”, afirma, referindo-se à exploração irregular com bombas de captação direta e a perfurações sem critérios técnicos e sem licença.
A expansão do desmatamento para abertura de áreas de plantio de eucalipto, geralmente irrigadas com água retirada desses cursos d’água, também é apontada pelo técnico como fator contribuinte para o sumiço dos rios. Ele lembra ainda que o problema já chegou a veredas, consideradas intocáveis até então. As formações que funcionam como áreas de drenagem, sustentando o lençol freático que “brota” do chão, também estão secando.

Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Jequitaí e Pacuí, Robson Rafael Andrade afirma que vários órgãos ambientais já foram acionados para tomada de providências sobre a situação de exploração da vegetação e de rios, mas nenhuma medida efetiva foi adotada. 

Texto: Valquiria Lopes, Estado de Minas/Imagens: José Ponciano Neto
Fonte: www.cptnacional.org.br
Projeto Ciranda Verde

DEU NO CORREIO: EMPRESA JBS POLUI O JÁ CONVALESCENTE ITACAIÚNAS

Parece passe de mágica, mas não é. A JBS (frigorífico ou curtume) não se sabe ao certo, tentou esta semana amenizar a polêmica estabelecida pela caiaqueira Vivian Barros, que postou fotos em uma rede social de uma tubulação que despejava efluente negro e fétido no Rio Itacaiúnas. Mas de nada adiantou.

Inicialmente, nem a própria Vivian tinha certeza que a tubulação era oriunda do frigorífico ou de seu irmão gêmeo curtume e por isso não colocou o nome da empresa. Todavia, durante o último domingo, uma equipe do Jornal CORREIO com a TV CORREIO seguiu o rastro do odor e do efluente negro para certificar-se de que a fonte dos resíduos são, de fato, os super-gêmeos.

Quando Vivian Barros fotografou, no domingo anterior, a tubulação de 400 mm despejava o efluente em forma de cascata no rio, a uma altura de 1 metro. Após a publicação das fotos, a empresa agiu rápido e mandou uma equipe colocar um joelho e um tubo extensor para que o líquido negro caísse diretamente no rio sem chamar a atenção com a cascata. A tubulação nova, inclusive, ganhou reforço de arrebite para que não seja retirada com facilidade.

No lugar em que escorre o efluente, o rio fica escuro e 50 metros acima há uma estação de captação de água do rio para o frigorífico, com dois motores bombas que são acionados diariamente por uma equipe da JBS.

Ao analisar um vídeo com imagens do efluente sendo lançado no rio, o engenheiro químico Rogério Santa Rosa, consultado pelo Jornal, avalia que a cada hora a empresa deve jogar no Itacaiúnas cerca de 5 mil litros de seu rejeito. 

Para ter certeza de que a canalização dos resíduos era, de fato, da JBS, a equipe do CORREIO seguiu a pé por uma estrada de chão sempre tomando como base a linha de transmissão de energia que abastece a casa de bomba dentro do rio. Foram 2,5 km de caminhada, passando por brejos, cruzando a Estrada de Ferro Carajás e ainda a pista de dá acesso ao Aterro Sanitário.

Depois de 2,5 km de pé na estrada e conversa com alguns moradores da redondeza, não houve dúvidas de que o efluente tem origem em uma ou nas duas empresas da JBS. Parece também que esse duto não passa pelas lagoas de decantação existentes nas duas plantas industriais da empresa.
A Reportagem do CORREIO enviou email para a Assessoria de Imprensa da JBS, localizada em São Paulo, porque ninguém da direção das empresas responde às indagações dos veículos de comunicação em Marabá. Mas, como tem ocorrido nas últimas duas vezes, o silêncio foi a resposta.

No faro
Procurado pela Reportagem do CORREIO, o secretário de Meio Ambiente, Carlos Brito, confirmou que estava sabendo do assunto e que uma equipe da Semma seguiria hoje, terça-feira, 13, para a área, com a finalidade de analisar a situação e tomar amostras do líquido para saber se passou pelo tratamento adequado ou não.

A promotora de Justiça do Meio Ambiente, Josélia Leontina de Barros, também procurada pelo Jornal nesta segunda-feira, 12, ficou espantada com as imagens e disse que vai exigir da Semma relatório da inspeção para poder se posicionar sobre o caso.

Texto: reprodução Jornal Correio / www.ctonline.com.br
Foto: CT Online