quinta-feira, 30 de junho de 2016

MARABÁ NA ROTA DO PROGRAMA RURAL SUSTENTÁVEL

Albanita Roberta, (MAPA) "O projeto premiará as boas práticas no campo"
O Projeto Rural Sustentável é uma das ações do governo federal que visam incentivar a chamada Agricultura de Baixo Carbono (ABC) em pequenas e médias propriedades rurais. 

Em conformidade com a Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei Federal 12.167/2009), o projeto é uma estratégia do Estado Brasileiro para a redução na emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e do combate ao Aquecimento Global nos biomas Amazônia e Mata Atlântica. 

Ao todo, 70 municípios serão contemplados com cerca de 350 Unidades Demonstrativas para "melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal.  

Banner do PRS. Fonte: http://www.ruralsustentavel.org/pt-br
De acordo com Albanita Roberta, representante do Ministério da Agricultura que esteve em Marabá no último dia 28, o Rural Sustentável é financiado pelo Reino Unido e executado pelo Banco Interamericano e conta ainda com a operação financeira do Banco do Brasil. 

Ao final do treinamento, os agricultores que já aderiram às práticas sustentáveis oferecidas pelo projeto poderão receber incentivos sob forma de recursos federais e do financiamento de assistência técnica necessários em sua propriedade.    

Marabá está entre os 10 municípios contemplados no Pará para servir de piloto para o projeto que se encontra em sua segunda chamada pública. Os município restantes encontram-se espalhados pelos estados de Mato Grosso e Rondônia (Bioma Amazônia) e Rio Grande do Sul, Bahia, Paraná e Minas Gerais (Bioma Mata Atlântica).

Texto: André Vianello. Fonte (Ministério da Agricultura/ Embrapa)
Foto: André Vianello  

Projeto Ciranda Verde

sábado, 25 de junho de 2016

CAMPANHA PROCURA MANTER PRAIA SEM LIXO

Vista da paisagem do "Geladinho" no Núcleo São Félix
"Tendo em vista a grande movimentação de veranistas nas praias de Marabá em julho próximo, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) vai promover ação educadora durante o período. Trata-se do projeto 'Jogue limpo. Não jogue lixo na praia'. 
O objetivo é levar educação ambiental aos banhistas, orientando-os para o acondicionamento correto do lixo. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Válber André Alves Araújo, que assumiu a pasta há pouco mais de um mês, o público-alvo da campanha são os proprietários de barracas, vendedores ambulantes, pessoas acampadas nas praias e banhistas em geral.
O objetivo é dialogar com os banhistas sobre a importância da preservação ambiental, coibir a depredação dos balneários e rios locais, despertando na comunidade a responsabilidade pelo equilíbrio ambiental; estimular o veranista a manter o ambiente ao seu redor sempre limpo e saudável; e garantir a beleza do local. 
A nova gestão da Semma vem trabalhando também em alguns pontos da cidade com plantio de mudas na tentativa de ornamentar determinados locais. Um deles é o canteiro da entrada do Bairro São Félix Pioneiro e o trevo do Bairro Km 6, uma das entradas da cidade". 
O Projeto Ciranda Verde aplaude a campanha e espera que a Semma vá além do diálogo, em ações mais efetivas como a maior distribuição de pontos de coleta, premiações do estilo: "Troque seu o lixo por uma pipa!" e uma maior presença de agentes públicos para advertir os transgressores da iniciativa.
Texto: Willian Costa
Fotos: Helder Messiahs 
Fonte:  Ascom/PMM)

sexta-feira, 24 de junho de 2016

BLOG DO CIRANDA VERDE ATINGE 10 MIL ACESSOS

Com trabalho sério, respeito aos leitores e entrevistados e pesquisas baseadas nas publicações mais confiáveis, o blog do Projeto Ciranda Verde chega à noite desta quinta-feira (23), a uma marca importante, 10 mil acessos. 

A equipe de voluntários vê o  feito como digno de nota, sobretudo, se avaliarmos o intenso tráfego de informação e o número expressivo de blogs presentes hoje no ciberespaço.

O projeto, que desde de sua origem em setembro de 2015, tem procurado dar visibilidade às questões ambientais de nossa cidade, além de realizar bate-papos sobre este importante tema, já plantou, com ajuda de parceiros e estudantes, 105 novas árvores por toda a cidade, chega a meados de 2016 gozando de boas relações com outros projetos afins, órgãos públicos e de imprensa.

Nossos agradecimentos aos leitores dentro e fora do Brasil, aos projetos parceiros e a todos que acreditam em um futuro sustentável para o planeta.

Equipe Ciranda Verde 

segunda-feira, 20 de junho de 2016

ÚLTIMAS CASTANHEIRAS DA CIDADE ESTÃO AMEAÇADAS

Solitária,  uma das últimas castanheira do Incra está condenada a cair.
 A castanheira (Bertholletia excelsa) é nativa da Amazônia e graças ao desmatamento entrou para a lista de espécies vegetais ameaçados de extinção do Ministério do Meio Ambiente e é considerada vulnerável pela União Mundial para a Natureza (IUCN). 

A árvore pode variar entre 30 e 50 metros de altura e seu tronco atinge facilmente os 2 metros de diâmetro, outra característica da castanheira está na forma de seus galhos, localizados na parte superior do tronco, já as folhas medem 35 centímetros, fazendo do belo vegetal figura inconfundível.  

Mas apesar de ser uma das maiores árvores de que se tem conhecimento na Amazônia, a castanheira depende de pequeninas sutilezas para se reproduzir e viver. Para se ter uma ideia do quanto sua engenharia de manutenção vital é delicada a árvore precisa, necessariamente, da presença de orquídeas que atraem insetos para polinização. 

Raiz deteriorada dá sinais de fraqueza
Isto significa que para se manter de pé, o enorme vegetal necessita de um ambiente intocado e em perfeito equilíbrio. Marabá, que já foi considerada a Terra da Castanha, hoje vê seus últimos exemplares da espécie agonizando sem qualquer condição de sobrevida a médio prazo.

AÇÕES DE PRESERVAÇÃO

A principal atitude para garantir a permanência da castanheira é deter o desmatamento, pensando nisso o WWF Brasil deu início ainda em 2001, ao Projeto Castanha, que objetiva a criação de cooperativas com produção certificada e sustentável. Com a iniciativa, a ONG pretende impedir o avanço da exploração de madeira e outras atividades predatórias que persistem na Amazônia.

Texto/ fotos: André Vianello com dados do WWF Brasil

Projeto Ciranda Verde

sábado, 18 de junho de 2016

VEJA A TRISTE LISTA DE ANIMAIS EXTINTOS RECENTEMENTE

Rinoceronte-Negro-Ocidental (extinto em 2011). Foto:www.hyspecience.com
As razões variam, destruição do habitat, caça predatória, pesca irregular, mas o destino de vários animais por todo o globo tem sido o mesmo, a extinção impiedosa, que na maioria das vezes serve unicamente para manter um modelo de vida em que o bicho-homem se coloca em posição de superioridade em relação à natureza, como se não fosse apenas parte dependente dela.

Uma lista divulgada em 2013 pelo site: www.hyspecience.com, constatou com segurança, a extinção das seguintes espécies: Leopardo-nebuloso de Taiwan (extinto em 1986); Rinoceronte-Negro-Ocidental (extinto em 2011); Borboleta Hesperia do sul da Flórida - EUA (declarada extinta); Bagre de Ohio - EUA (declarado extinto); Camarão de Água doce da Indonésia, (extinto em 1988); Sapo Rhinoderma Rufum, endêmico do Chile (extinto em 1975);  Maçarico-Esquimó do Canadá, (extinto em 1963); Enguia do Sri Lanka, (declarada extinta); Lagarto Chioninia, de Cabo Verde, (extinto em 1912).

Leopardo Nebuloso, extinto desde 1986
A relação acima, que já é de dar um nó na garganta, pode ser ainda maior, pois a comunidade científica internacional acredita que muitas espécies, que sequer foram catalogadas, podem já ter se extinguido pela destruição de seu habitat. 

O QUE PODEMOS FAZER?

O cidadão brasileiro dispõe de vários mecanismos jurídicos para garantir, por exemplo, o aumento das áreas de reservas ambientais, onde a caça e a pesca são proibidos. Uma dessas ferramentas é a Iniciativa Popular, através da qual, pode-se propor Projetos de Lei ao Congresso Nacional, com esse tipo de conteúdo.

Mudanças nos hábitos de consumo e no dia a dia também podem ajudar, não compre espécies de peixes proibidas durante a piracema e nem  incentive a prisão de pássaros em gaiolas. Criar animais silvestres em casa, sem autorização do Ibama, é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (9605/98), a pena pode variar em detenção de seis meses a um ano mais a multa.

Texto: André Vianello
Fontes: www.hyspecience.com/ www.jusisway.org.br

Projeto Ciranda Verde

sexta-feira, 17 de junho de 2016

CONTINUA O MASSACRE CONTRA INDÍGENAS NO MATO GROSSO DO SUL

Enterro de mais um indígena em MS. Foto:anovademocracia.com.br
O Projeto Ciranda Verde vê com preocupação o genocídio a que estão sendo submetidos os indígenas brasileiros e defende a CPI para apurar as responsabilidades. 

Os "índios" são os primeiros e legítimos moradores do Brasil e têm direitos que o estado brasileiro insiste em não reconhecer. Onde sobra omissão abundam os crimes. 

A seguir você acompanha na integra a nota do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão independente ligado à Igreja Católica, sobre mais um massacre contra comunidades no estado do Mato Grosso do Sul, ao todo, 390 indígenas já foram assassinados desde o início dos conflitos entre estes e os fazendeiros locais.

"O Conselho Indigenista Missionário – Cimi denuncia e repudia a ação paramilitar realizada por fazendeiros contra famílias do povo Guarani-Kaiowá, do tekohá Tey Jusu, na região de Caarapó, no estado do Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira, 14, que resultou no assassinato do jovem Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza Guarani-Kaiowá, 26, além de ao menos seis feridos à bala, inclusive uma criança de doze anos baleada no abdômen.
Constatamos, com preocupação, que ações paraestatais realizadas por setores do agronegócio tem sido recorrentes no Mato Grosso do Sul. Desde agosto de 2015, quando foi assassinado o líder Simeão Vilhalva, no tekohá Nhenderú Marangatu, foram registrados mais de 25 ataques paramilitares contra comunidades do povo Guarani-Kaiowá no estado. Demonstrando profundo desrespeito ao Estado de Direito e agindo na completa impunidade, latifundiários têm optado pela prática corriqueira da “injustiça pelas próprias mãos” no estado.
Consideramos que a atuação de parlamentares ruralistas na tentativa de aprovar proposições legislativas, como a PEC 215/00, e no âmbito de Comissões Parlamentares de Inquérito, como a CPI do Cimi e a CPI da Funai/Incra, contribuem para aprofundar o sentimento de ódio aos indígenas, agravando ainda mais a situação de violência contra os povos originários no Brasil e, de modo especial, no Mato Grosso do Sul.
O Cimi solidariza-se com os Guarani-Kaiowá, especialmente com os familiares da liderança assassinada e dos feridos, e exige que o Ministério da Justiça tome providências imediatas e efetivas a fim de fazer cessar os ataques paramilitares contra comunidades indígenas no Mato Grosso do Sul, bem como, para identificar e punir os assassinos de mais uma liderança indígena daquele estado.
Causa vergonha nacional e internacional ao Brasil o fato de setores do agronegócio exportador de commodities agrícolas continuar assassinando líderes de povos originários de nosso país.
O genocídio Guarani-Kaiowá avança pelas mãos do agrocrime no Mato Grosso do Sul.


Brasília, 14 de junho de 2016
Conselho Indigenista Missionário – Cimi"

Projeto Ciranda Verde

quinta-feira, 16 de junho de 2016

APRENDA A FAZER UM REPELENTE CASEIRO COM NIM INDIANO

O Nim Indiano é a árvore da moda entre os moradores da cidade
No início desta semana, o blog divulgou uma matéria para tratar dos riscos do plantio indiscriminado da árvore Nim Indiano. 

O material foi elaborado depois que muitos leitores solicitaram informações sobre esse vegetal, que tem sido plantado pelo Poder Público para fazer paisagismo urbano. 

O Nim Indiano também tem caído no gosto dos moradores, que o têm adotado pelo fato de ser uma árvore bela e de rápido crescimento. Dessa forma, o Nim tem se espalhado por ruas e calçadas de Marabá, com uma frequência cada vez maior. 

Sobre a rápida proliferação da espécie, vale o alerta dos especialistas quanto ao risco da árvore afastar espécies de insetos importantes para a polinização e alimentação do microssistema de seu entorno. Isso, a médio prazo, pode impedir que outros vegetais prosperem num raio de 40 metros.   

Mesmo assim, vale tirar proveito das propriedades repelentes das árvores de Nim que já existem pela cidade. A dica do blog surge exatamente em um momento em que o verão chega, trazendo com ele problemas como a eclosão dos ovos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus. 

O repelente natural feito a partir das folhas do Nim Indiano  tem uma preparação muito simples. Basta juntar um punhado de folhas equivalente a 200g e por em um liquidificador ligando o aparelho por, aproximadamente, 2 minutos; depois de retirar a mistura resultante, deixe descansar por 12 horas. Terceiro passo consiste em retirar as pessoas de casa para borrifar nos cômodos, com uma bombinha de inseticida mantendo as janelas abertas por quinze minutos antes de trazer os moradores de volta. 

Se preferir, use uma camisa amarrada à cabeça, de forma que ela possa cobrir as narinas, pois o cheiro do composto, ao ser aplicado, é desagradável. Contudo, após a aplicação completa, o cheiro para de incomodar.

Teste do blog
O Ciranda Verde testou o inseticida em uma casa infestada por formigas, pequenas baratas e mosquitos e comprovou a efetividade da mistura. Alguns cuidados devem ser levados em conta, como não deixar o composto cair nos olhos e não aplicar o repelente com assiduidade. Um intervalo de 15 dias deve ser respeitado entre uma aplicação e outra. 

O inseticida a base de Nim Indiano também pode ser misturado a álcool de farmácia para servir de desinfetante para limpar o piso da casa.   

Texto: André Vianello
Foto: nimdaindia.zip.net

Projeto Ciranda Verde

SÉRIE: DERROCAMENTO DO LOURENÇÃO (VEJA PORQUE SOMOS CONTRA)

Com o derrocamento, a vida aquática e animal serão fortemente atingidas
Está marcada para logo mais em Itupiranga a solenidade de assinatura da Ordem de Serviço para o derrocamento (ou desgaste) do Pedral do Lourenção. 

O evento, que contará com a presença dos Ministros Maurício Quintanella (Transportes) e Helder Barbalho (Integração Nacional), marca também a assina da sentença de morte de várias espécies de peixes e animais na região. 

Com o desaparecimento dos peixes, um efeito dominó em toda a cadeia biológica terá início, atingindo de cara as várias famílias de colonos, que dependem exclusivamente da pesca. 

O derrocamento faz parte de um conjunto de medidas para viabilizar a Hidrovia Araguaia-Tocantins, para a navegação de barcaças através do leito do Rio Tocantins nos meses de vazante, que vai de setembro a novembro. A intenção do governo federal é de que a obra fortaleça a atividade pecuária e mineral na Região Norte, possibilitando que as balsas cheguem ao Porto de Vila do Conde, em Barcarena.  

As autoridades alegam que a hidrovia será um grande vetor na geração de empregos em meio à crise. No entanto, basta uma análise no histórico da pecuária e da mineração de nossa região para entender que seu fortalecimento é extremamente danoso para o meio ambiente, com desmatamento, desaparecimento de mananciais aquáticos e extinção de espécies animais e vegetais. 

Quanto à geração de empregos, não é novidade para ninguém que a simples menção do início das obras de um grande projeto como o da hidrovia, é suficiente para atrair grandes ondas migratórias, que colaboram para o aumento dos bolsões de pobreza e para o agravamento dos problemas sociais em áreas como educação e saúde, nas cidades envolvidas. (vide: Tucuruí e Altamira)

Nos próximos dias, traremos mais informações sobre os impactos ambientais e sociais negativos do projeto da hidrovia para a natureza e nossa população. Reflita conosco!

Texto: André Vianello
Foto: Portal Canaã

Projeto Ciranda Verde


quarta-feira, 15 de junho de 2016

CRIME AMBIENTAL EM PLENA MARGEM URBANA DA TRANSAMAZÔNICA


A APA foi desmatada e aterrada pelo avanço imobiliário
A luta pela criação do Parque Ambiental de Marabá passa pela questão do avanço do mercado imobiliário, que mesmo com a crise, se mantém. 

Nesta semana, os órgãos ambientais foram surpreendidos com um crime ambiental de proporções monumentais à altura do Km 04 da BR-230 (Transamazônica), próximo ao complexo das TVs, na Nova Marabá. 

Parte significativa da mata ciliar que margeava o local foi posta abaixo sem autorização da Semma, e um pedaço da área também já foi aterrada para receber um ponto de venda de automóveis usados.

A área precisa ser preservada por diversos motivos, entre os quais, pode-se citar o fato do local estar às margens de  uma rodovia federal e de um importante rio, o Itacaiúnas. Segundo os funcionários das empresas de comunicação das imediações, existiam na pequena mata ciliar várias famílias de macacos-pregos, cutias, e iguanas, numa clara demonstração de que o ambiente era pulsante por lá. 

Um pequeno curso de água cortava a APA (Área de Preservação Permanente), o que deve agravar ainda mais a qualificação do crime ambiental. 

Em contato com a Semma, o PCV foi informado de que os responsáveis pelo crime já foram notificados e assim que a situação for apurada eles poderão ser multados ou recuperarem a área atingida.

Entretanto, os prejuízo ao meio ambiente são irreversíveis, pois além da vida animal ter sido morta ou expulsa, a vegetação demorará décadas para se recuperar.

Texto/foto: Equipe PCV

Projeto Ciranda Verde

terça-feira, 14 de junho de 2016

UM DOS MAIORES AGRESSORES DA NATUREZA, AGRONEGÓCIO É CELEBRADO EM CAMPANHA NA GLOBO

Área degradada na amazônia para a expansão da Fronteira Agrícola
É publica a informação de que o agronegócio é importante para a economia brasileira. Em franca expansão, a atividade é hoje responsável, por pelo menos 21% do PIB e cresceu 53%, ocupando cerca de 329,9 dos 851 milhões de hectares do país. 

Entretanto, é  notório também que a atividade é uma das grandes responsáveis pela destruição do meio ambiente em todo o Brasil. Entre os problemas estão o desmatamento, degradação do solo, perda da biodiversidade, esgotamento dos mananciais, contaminação do solo por agrotóxicos e geração de resíduos.

Contudo, ao mesmo tempo em que lança programas e comerciais de cunho ambiental, o maior canal brasileiro, Rede Globo de Televisão, inicia uma forte campanha midiática de apoio ao agronegócio. Com um texto marcante, a chamada de TV diz: "O agro esta presente em tudo na nossa vida, desde o santo alimento de cada dia. até no papel , no lápis, borracha, combustível, ... O agro é tudo, o agro é pop. O agro é a indústria da riqueza nacional,...", numa clara intenção de anestesiar ainda mais a consciência ecológica em favor da acumulação de capital. 

Ambientalistas de todo o Brasil veem a campanha com preocupação, pois a atividade pecuária vem colocando em risco ecossistemas inteiros como o Cerrado e a Mata Atlântica, que graças as frentes abertas para pastagem e cultivo, figuram hoje entre os chamados hotpots (biomas criticamente ameaçados).

Além disso, alertam as principais ONGs ambientais do planeta, outros ecossistemas como a Amazônia e o Pantanal tendem a desaparecer nos próximos 50 anos, se o atual ritmo de desmatamento para a fronteira agrícola for mantido.

Texto: André Vianello
Foto: www.zocalo.com.nx

Projeto Ciranda Verde

VEM AÍ O VII FÓRUM MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Está chegando a VII edição do Fórum Municipal de Meio Ambiente de Marabá, iniciativa da Secretária Municipal de Meio Ambiente (Semma).

O tema dessa edição será Poluição Sonora, assunto que aliás, interessa muito à população de Marabá, que sofre com som automotivo e boates espalhadas pela cidade.

Para discutir o assunto, estiveram reunidos, na tarde desta terça (14), a professora Maria Antônia (Nean) Unifesspa; Loide Santos (Semma); André Vianello (PCV) e Renilde Barros do ICMBio.

Loide Santos (Semma), organizadora
Um dos objetivos do fórum é chamar atenção dos marabaenses para os problemas de saúde pública ligados à poluição sonora, que a propósito, prejudica as árvores.

O fórum está previsto para o início de setembro, mas as providências já estão sendo tomadas.


Texto/foto: equipe PCV

Projeto Ciranda Verde

segunda-feira, 13 de junho de 2016

ALERTA SOBRE OS RISCOS DO PLANTIO INDISCRIMINADO DE NIM INDIANO

Aspecto da árvore Nim, que tem se espalhado pela cidade
Várias notícias que circulam em jornais da cidade dão conta de ações de arborização desenvolvidas pelos órgão ambientais do município. 

Até esse ponto, tudo certo, o PCV apoia e até cobra há aproximadamente um ano que isso seja feito. 

O problema está na predileção pelas mudas da espécie asiática conhecida como Neem  ou , simplesmente "Nim".

As mudas do vegetal estão sendo espalhadas pelos principais canteiros de Marabá e nas rotatórias é possível ver dezenas delas dispostas em fileiras.

Segundo os engenheiro ambiental Juan Ataídes do PCV, há um erro de planejamento nessa ação, pois a arborização tem como princípio básico a diversidade de espécies, que preferencialmente devem ser nativas. 

O receio dos profissionais do projeto se justifica pelas características agressivas do Nim, que possui uma ação inseticida muito forte, que pode provocar o afastamento de insetos importantes da cadeia biológica e que são indispensáveis para a vida vegetal e até animal   

Na região do semiárido brasileiro, por exemplo, o Nim se mostrou incompatível com as espécies nativas, chegando ao ponto de representar uma ameaça, uma vez que o vegetal "se alimenta de microrganismos da terra [...] e tem um elevado poder de reprodução", como garantem os técnicos do Pacto Ambiental da Região de Inhamuns (Parisc), no Ceará.

A entidade, preocupada com o prejuízo sofrido pelas espécies da região após a proliferação do Nim, chegou a escrever um documento para a então Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, alertando sobre a aceleração do processo de desertificação da área e pedindo providências. 

A matéria sobre os riscos do plantio indiscriminado do Nim pode ser encontrada na página do Diário do Nordeste de 29 de março de 2013, com o título: "Ambientalistas alertam contra o cultivo do Nim".

O Projeto Ciranda Verde, no entanto, recomenda o uso das folhas dos exemplares já plantados, para a confecção de inseticida biológico caseiro bastante eficiente contra o Aedes aegypt, o que será alvo de uma nova matéria do blog.

Texto: André Vianello
Foto: Diário do Nordeste

Projeto Ciranda Verde




 

sábado, 11 de junho de 2016

VEJA COMO FAZER UMA FOGUEIRA DE SÃO JOÃO ECOLÓGICA

A Quadra Junina chegou e em tempos de ecologia, só existe uma maneira ecologicamente correta de manter uma das principais tradições desse mês, a fogueira ecológica, fomos buscar o inventivo artefato no site: www.comofazeremcasa.net.

A ideia consiste em usar luz elétrica no lugar de fogo. Assim, a festa de São João está garantida, o meio ambiente fica livre de gás carbônico e ninguém precisa se preocupar em manter o fogo aceso. Veja o passo a passo:

Materiais que você vai precisar

– Fogueira de madeira, de isopor ou cano de PVC;
– 5 papeis celofane, 3 de cor laranja e 2  amarelos;
– 1 Lâmpada com a armação pronta para ligar na          eletricidade (opcional)

Passo a passo

Compre a fogueira pronta ou faça você mesmo. É só juntar umas madeiras legais que você tenha e empilha-los Em dois pra lá em formato de fogueira.


Com a fogueira já feita, é hora de fazer fogo falso, ou seja, o enfeite posto para parecer com fogo. Junte as quatro pontas do papel e posicione no centro da fogueira (imagem).Para dar mais realismo a sua fogueira artificial, puxe algumas pontas para fora do lado de baixo da fogueira. 

Vá alternando as cores nas puxadas. Depois de fazer o miolo e puxar, posicione as 3 folhas que sobraram, de forma a ir alternando as cores também e simulando o efeito de fogo. Agora é só acender a lâmpada de dentro da fogueira. Só é preciso ter cuidado para que o papel celofane não encoste ou fique muito próximo da lâmpada. 

Divirta-se com a consciência tranquila!


Texto/foto reprodução: www.comofazeremcasa.net

Projeto Ciranda Verde




sexta-feira, 10 de junho de 2016

PARCERIAS VERDES: ENCONTRO REÚNE PCV, ICMBIO, SEAGRI, INDEVA E MOSAEC

Encontro pôs em debate as demandas das ONGs junto ao ICMBio e Seagri
Para fortalecer os laços de parceria e gestar novas ideias, mantiveram reunião na manhã desta terça, 08 de junho na sede do ICMBio, o Projeto Ciranda Verde, Guarda Florestal Indeva, Seagri e o Movimento Socioambiental de Educação e Cultura (Mosaec). 

Os movimentos foram convidados pela representante local do ICMBio, Renilde Barros para organizarem agendas em comum com aquele órgão. 

Aproveitando o ensejo as ONGs contribuíram com suas experiências para o projeto pedagógico da professora Viviane Veiga do ProJovem Urbano, que pretende desenvolver ações de plantio nos bairros Araguaia e Independência, ambos atendidos pelo programa federal.

Ainda na ocasião, o Mosaec, que já vem atuando com educação ambiental na Nova Marabá estende as mãos aos demais projetos com o intuito de consolidar a rede que cresce cada dia mais em Marabá.

As engenheiras agrônomas, Jeane Leide e Eide Ramos da Seagri, reafirmaram a intenção de colaborar com os projetos como já vem ocorrendo e aproveitaram para colocar à disposição os recursos do Departamento de Mecanização do órgão, para auxiliar nas ações.  

A parceria com o ICMBio também foi discutida e deve render bons frutos daqui pra frente, como sinalizou a representante Renilde Barros, por ocasião do encontro.

Texto/foto: André Vianello

Projeto Ciranda Verde 



  


terça-feira, 7 de junho de 2016

COM O VERÃO SE ANUNCIANDO, "VERDECÍDIO" CONTINUA ATÉ NA UNIFESSPA

Pelo menos três árvores de porte médio foram arrancadas de dentro das dependências do campus I da Unifesspa na Folha 31, na calada do fim de semana. 

O triste episódio ocorreu em função das obras de ampliação e acessibilidade que vêm sendo realizadas no local pela Proadi-Unifesspa. 

Diante do protesto de professores e alunos, que ao perceberem que as árvores seriam arrancadas se manisfestaram ao órgão administrativo da universidade, as obras foram paralisadas por algumas horas, contudo, durante o final de semana os vegetais foram impiedosamente suprimidos da paisagem.

A atitude, considerada autoritária por muitos, aconteceu justamente no Dia Internacional do Meio Ambiente causando indignação na comunidade marabaense  e repercutindo mal nas redes sociais.

A HORA É DE PLANTAR!

Enquanto iniciativas como o Projeto Ciranda Verde, Indeva, Escoteiros, entre outros, percorrem escolas plantando árvores junto com as crianças a fim de sensibilizar as presentes e futuras gerações quanto ao desastre climático por que passa Marabá e o planeta, órgãos públicos, que deveriam dar exemplo, adotam atitudes antagônicas que beiram a estupidez, como a vista na Unifesspa.

O PCV já plantou com ajuda de voluntários e alunos de escolas públicas e privadas mais de 105 árvores em Marabá.

Foto: Evandro Medeiros
Texto: André Vianello

Projeto Ciranda Verde




segunda-feira, 6 de junho de 2016

DIA DO MEIO AMBIENTE (PCV FLAGRA EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA)

Apesar dos bons exemplos e da luta para que a conscientização ambiental cresça na região, o Dia Mundial do Meio Ambiente também foi marcado por cenas de desrespeito à floresta. 

Na noite deste domingo, 5 de junho, quando retornava de Belém para Marabá entre as cidades de Goianésia e Jacundá na PA- 150, a equipe do Projeto Ciranda Verde flagrou as imagens de um caminhão com, pelo menos, 18 toras de Maracatiara sendo levadas ilegalmente. (A espécie é muito apreciada na região para a confecção de móveis)

O veículo, que não possuía placa, prefere, aparentemente, rodar à noite quando a fiscalização é visivelmente reduzida. 

Segundo dados do Greenpeace, a Floresta Amazônica abriga metade das espécies existentes no planeta com "40 mil espécies de plantas e mais de 400 de mamíferos. Os pássaros somam quase 1.300, e os insetos chegam a milhões".
   
A ONG garante que  em apenas 40 anos foram desmatados cerca de 18% da Amazônia brasileira  – uma área equivalente aos territórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo. 

Parte desse cenário se deve a pouca ou nenhuma fiscalização por parte dos governos, de forma que caminhões carregados com toneladas de madeira circulam pelas rodovias estaduais e federais sem serem incomodados.

As fotos e os vídeos do flagrante desse domingo serão repassadas por nossa equipe às autoridades competentes e providências serão cobradas.

Projeto Ciranda Verde

domingo, 5 de junho de 2016

DIA DO MEIO AMBIENTE COM O PROJETO "PLANTAR" EM BELÉM

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, uma equipe do Projeto Ciranda Verde foi até Belém, capital do Estado para acompanhar a XX Feira Pan-Amazônica do Livro, que homenageou a escritora Amarílis Tupiassú e à Terra, O país de todos. 

Na ocasião, o PCV se encontrou com um projeto ambiental estreante na capital, trata-se do Plantar, uma iniciativa de professores e estudantes da Fibra (Faculdade Integrada Brasil Amazônia). Os estudantes aproveitaram o domingo para distribuir mudas de espécies nativas aos visitantes da Praça da República. 

O projeto deve continuar nas próximas semanas e depois de um feedback com a equipe do Ciranda Verde, os coordenadores avaliam a possibilidade de adotarem ações parecidas com as que já vêm sendo executadas em Marabá, com orientação para a população sobre as espécies adequadas para cada local (calçadas, áreas públicas e quintais) e plantios comunitários urbanos.

Outra coincidência que chamou a atenção foi a semelhança entre os logotipos dos dois projetos, Ciranda Verde e "Plantar", ambos tem como motivos mãos que dispersam sementes e folhas, como pode ser conferido no detalhe.

O Projeto Ciranda Verde já plantou com ajuda de voluntários e alunos de escolas públicas e particulares, mais de 105 árvores, por toda a cidade.

Foto/texto: André Vianello

Projeto Ciranda Verde



   

quarta-feira, 1 de junho de 2016

(SEMANA DO MEIO AMBIENTE) JUNHO COMEÇA MAIS VERDE

Turminha da escola preparando um dos ipês que seriam plantados
Atendendo ao convite da Escola Globo, da Folha-29, Nova Marabá, a equipe do Projeto Ciranda Verde (PCV), esteve na manhã desta quarta, 01 de junho para mais uma ação com bate-papo e plantio de cinco mudas de ipê doadas pela Secretaria de Agricultura (Seagri).

O evento, que contou com o apoio logístico da Secretaria de Urbanismo (Semsur) na preparação das covas e limpeza do local onde as árvores foram plantadas, se desenvolveu com a participação de uma turma do segundo ano da escola. 

Além dos parceiros institucionais, colaboraram com o plantio desta quarta o  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e os voluntários do projeto.

As crianças ficaram muito empolgadas com toda a movimentação e em função de estarem realizando um trabalho escolar sobre meio ambiente, fizeram o papo render bastante na sala.

Para a aluna Letícia Ângela de 8 anos, as árvores são muito importantes porque garantem sombra, ar puro e alimento para os seres humanos. Já Lucas Gabriel, da mesma idade, pretende plantar uma árvore frutífera no quintal de sua casa.

Segundo a diretora da escola, Marlene Amaral, em breve uma nova ação irá acontecer no restante do espaço que está para ser revitalizado, então novas árvores serão plantadas pelas crianças.  

Texto/fotos: André Vianello

Projeto Ciranda Verde