quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

SOLOS SOFREM RISCO DE EXTINÇÃO COM AGRICULTURA AGRESSIVA

Um estudo publicado pela revista New Scientist abordou um assunto que vem preocupando os cientistas: uma "espécie" que está literalmente em todos os cantos do planeta corre risco de ser extinta: os solos. Pode parecer estranho dizer que os solos podem se extinguir, mas, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), que nomeou 2015 como o Ano Internacional dos Solos, mais de um terço da camada superior do mundo está em perigo.

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A ONU afirma que estamos perdendo solo a uma taxa de 30 campos de futebol por minuto e, se não retardarmos esse declínio, todo solo agricultável que temos pode desaparecer em 60 anos.

Os solos nos proporcionam 95% da nossa alimentação e sustentam a vida humana de várias outras formas, o que evidencia a enorme dimensão do problema. Segundo Peter Groffman, especialista do estudo do solo do Instituto Cary de Estudos de Ecossistemas em Nova Iorque, essa é a maior e pior ameaça ambiental aos seres humanos.

Isso porque um grama dos nossos solos pode conter 100 milhões de bactérias, 10 milhões de vírus, mil fungos, e outras populações que vivem em meio a plantas em decomposição, o que significa que são não só a nossa principal fonte de alimento, mas também nossa principal fonte na fabricação de antibióticos e nossa principal esperança na luta contra bactérias resistentes a esses antibióticos. 

Além disso, graças aos micro-organismos presentes neles, que digerem restos de animais e plantas mortas, os solos são nosso maior local de armazenamento de carbono - contendo três vezes mais carbono que nossa atmosfera - mesmo estando degradados, o que os torna um grande aliado também contra as alterações climáticas. E não é só um bom armazenador de carbono, armazenar água é outro talento dos solos, mas que infelizmente é perdido com sua degradação.

CAUSAS

Desde o início do século XX, os agricultores enchem seus campos com fertilizantes sintéticos. O que mais tarde descobriram não ser uma solução apropriada, já que fertilizantes químicos liberam poluentes para a atmosfera e, com a chuva, seu excesso escoa para os rios, prejudicando a proliferação de algas, além de ferir o solo, transformando-o em ácido e salgado, suprimindo as relações simbióticas entre fungos e as raízes das plantas.

Fonte/texto: ecycle.com

Projeto Ciranda Verde

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