domingo, 15 de novembro de 2015

PEQUIÁ DE BAIXO: A TRAGÉDIA EM CÂMERA LENTA DA "MARIANA" NORDESTINA

A gigantesca nuvem de pó engole as casas e as esperanças de Pequiá
Toda grande tragédia serve para um propósito maior. O fracasso do homem o traz humilhação e mostra que as coisas podem ser diferentes.
 
A tragédia de Mariana-MG serviu para que o Brasil, país que sangra com as mazelas trazidas pela mineração, finalmente começasse a discutir esse assunto.
 
A barragem que se rompeu trouxe, junto com a enxurrada, o mar de lama que se esconde nessa atividade. (isso mesmo! Não vou importar a desgraça francesa, pois já temos suficientes por aqui!).
 
A Vale é uma das principais responsáveis por grandes desastres humanos e sociais espalhados por todo o nosso território. Aqui próximo, em Açailândia-MA, a comunidade de Pequiá de Baixo sofre há anos com as siderúrgicas implantadas no bairro, ao longo da BR-222.
 
População reunida na capela local
Dezenas de pessoas já morreram pela contaminação de metais pesados que se espalham pelas águas, ar, parede das casas e principalmente nos pulmões dos moradores.
As empresas subsidiárias da Vale e o Governo do Maranhão descumprem, sistematicamente, as promessas de remanejamento da população, que já mantém até um cemitério com as vítimas da pesada poluição.
 
A reinvindicação dos moradores, que já fizeram até campanha com camisetas e tudo, já chegou ao Papa Francisco, que recebeu a lembrança das mãos dos Missionários Combonianos em março desse ano! O Brasil precisa discutir a tragédia da exploração de minério, a natureza e as populações atingidas não aguentam mais!
 
Texto: André Vianello
Fonte: Justiça nos Trilhos
Foto: Maranhão Notícias
 
Projeto Ciranda Verde

Nenhum comentário:

Postar um comentário