segunda-feira, 13 de junho de 2016

ALERTA SOBRE OS RISCOS DO PLANTIO INDISCRIMINADO DE NIM INDIANO

Aspecto da árvore Nim, que tem se espalhado pela cidade
Várias notícias que circulam em jornais da cidade dão conta de ações de arborização desenvolvidas pelos órgão ambientais do município. 

Até esse ponto, tudo certo, o PCV apoia e até cobra há aproximadamente um ano que isso seja feito. 

O problema está na predileção pelas mudas da espécie asiática conhecida como Neem  ou , simplesmente "Nim".

As mudas do vegetal estão sendo espalhadas pelos principais canteiros de Marabá e nas rotatórias é possível ver dezenas delas dispostas em fileiras.

Segundo os engenheiro ambiental Juan Ataídes do PCV, há um erro de planejamento nessa ação, pois a arborização tem como princípio básico a diversidade de espécies, que preferencialmente devem ser nativas. 

O receio dos profissionais do projeto se justifica pelas características agressivas do Nim, que possui uma ação inseticida muito forte, que pode provocar o afastamento de insetos importantes da cadeia biológica e que são indispensáveis para a vida vegetal e até animal   

Na região do semiárido brasileiro, por exemplo, o Nim se mostrou incompatível com as espécies nativas, chegando ao ponto de representar uma ameaça, uma vez que o vegetal "se alimenta de microrganismos da terra [...] e tem um elevado poder de reprodução", como garantem os técnicos do Pacto Ambiental da Região de Inhamuns (Parisc), no Ceará.

A entidade, preocupada com o prejuízo sofrido pelas espécies da região após a proliferação do Nim, chegou a escrever um documento para a então Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, alertando sobre a aceleração do processo de desertificação da área e pedindo providências. 

A matéria sobre os riscos do plantio indiscriminado do Nim pode ser encontrada na página do Diário do Nordeste de 29 de março de 2013, com o título: "Ambientalistas alertam contra o cultivo do Nim".

O Projeto Ciranda Verde, no entanto, recomenda o uso das folhas dos exemplares já plantados, para a confecção de inseticida biológico caseiro bastante eficiente contra o Aedes aegypt, o que será alvo de uma nova matéria do blog.

Texto: André Vianello
Foto: Diário do Nordeste

Projeto Ciranda Verde




 

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