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A gigantesca literatura sobre o ceticismo de parte importante da opinião pública diante das mudanças climáticas é sintetizada no mais recente livro do sociólogo norte-americano Andrew Hoffman. Segundo pesquisa da Universidade de Yale, 37% dos americanos não acreditassem na ocorrência do aquecimento global? Ou que, em 2010, nada menos que 47% o atribuíssem a causas naturais? A resposta de Hoffman pode ser sintetizada numa frase de efeito: as mudanças climáticas são uma guerra cultural.
As armas nesta batalha não se restringem ao mundo das ideias, das palavras e das imagens. Assim, ele mostra não só que o combate ao aquecimento global fere poderosos interesses, mas revela também que o debate público sobre o tema está seriamente influenciado pelo poder do dinheiro. Dos 107 livros negacionistas (atribuem o aquecimento a causas naturais) publicados, globalmente, entre 1989 e 2010 a maioria foi patrocinada por organizações conservadoras e 90% não passou por qualquer processo de revisão pelos pares.
As mudanças sociais necessárias ao desenvolvimento sustentável supõem a arte da persuasão e não o exercício tão comum da demonização das crenças alheias. É assim que os movimentos que hoje pressionam grandes fundações, universidades e fundos de pensão a não mais investirem em combustíveis -grifos PCV-fósseis conseguiram legitimação que lhes garantiu sucesso crescente. O papel das ruas é fundamental, claro, mas delas, por si só, não emergirão as pontes necessárias à vitória nesta guerra cultural.
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Texto: reprodução/www.planetasustentavel.abril
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