As táticas usadas pelos criminosos enganam até os satélite do Inpe. |
O anúncio sobre a redução em 43% nas emissões dos gases de efeito estufa até 2030, feito pela presidente Dilma Rousseff, na Conferência das Nações Unidas para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, em Nova York, animou os ecologistas do mundo inteiro.
No Greenpeace, por exemplo, a notícia foi recebida com entusiasmo. Entretanto, é preciso olhar esta manchete com cautela, pois metas ousadas na política brasileira, não são necessariamente uma novidade.
Mesmo com programas largamente anunciados pelo governo federal nos últimos 10 anos, o desmatamento vem crescendo de forma assustadora na Amazônia, chegando a 53%, como revelou o Instituto Imazon em recente levantamento.
Além disso, o cumprimento das metas do governo brasileiro anunciado em Nova York está condicionado ao recebimento de recursos vindos de fora, como declarou a presidente, ao afirmar que atualmente "corre atrás do prejuízo" com recursos próprios (cerca de 0,3% do orçamento da União).
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Mas a despeito do que diz a presidente, o Brasil investe por exemplo em áreas de conservação, apenas 1/5 do que faz o México e, pasme, 1/35 do que investe a Nova Zelândia.
Dilma disse ainda que as metas podem ser alcançadas antes do previsto se a população ajudar, um dado imensurável e de difícil definição, especialmente se o próprio governo não investe em educação ambiental. O papel da preservação e fiscalização fica novamente com a iniciativa cidadã, com ONGs, fundações e afins, pessoas que trabalham, na maioria das vezes, sem recursos públicos. Em tempos de crise econômica, será essa mais uma medida pra inglês ver?
Talvez, se o governo diminuir o peso da máquina pública, cortando 10 ministérios como foi prometido, sobre recursos para investir na preservação das florestas.
Texto: André Vianello
Foto: www.jornalnh.com.br
Dados: www.http://politica.estadao.com.br
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