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| Embora bonito, o ritual representa danos ambientais. Foto: ORM |
Desde o ano passado vem crescendo na população paraense uma discussão em torno do ritual da queima de fogos no Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Belém.
Em 2014 os fogos chegaram a ser proibidos pelo Ibama por representarem danos ambientais com a mortandade de centenas de pássaros em função do rojões.
Em Marabá, o Projeto Ciranda Verde chama a atenção para um Círio mais ecológico e pretende iniciar um debate sobre os fogos com a comunidade católica para que a partir do ano que vem, sejam realizadas conversas com a presença dos organizadores do Círio no sentido de encontrar alternativas.
O projeto aproveita para lembrar que existem saídas limpas para a questão, como o uso de efeitos sonoros que imitam fogos nos carros de som e telões com imagem de fogos no início e no final do evento.
A proposta, além de não acabar com o ritual sagrado para os católicos, é mais econômica e ecológica, pois afastaria a poluição do ar com queima da pólvora.
Outra vantagem está no controle da poluição sonora que afeta os hospitais, pois no local onde o Círio começa, há uma maternidade. Os animais são outras vítimas, muitos cachorros adoecem e morrem por causa do barulho, outros desaparecem de casa correndo em desespero.
Além disso, em nossa cidade, o ar anda bastante poluído e hora é de pensar em soluções verdes, como propôs o Papa Francisco em recente pronunciamento, em que recomendou aos cristãos que preservem o ar, a água e as matas.
E você, leitor, o que acha?
Texto: André Vianello
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