Apesar dos vários alertas de ecologistas, índios e povos da floresta, o governo e a sociedade brasileira continuam inertes diante da hecatombe ambiental que estamos vivendo.
A natureza está mandando a conta muito mais rápido do que as pesquisas científicas previam.
Fenômenos como a estiagem prolongada, resultado do desmatamento e da consequente quebra do ciclo das chuvas e a própria seca avançam sobre os estados com uma velocidade impressionante
A imprensa noticia a morte de toda a biosfera, mas se omite quanto às verdadeiras causas de tudo: pecuária predatória, a corrida da soja na Amazônia e o apetite voraz do mercado imobiliário, que tem aterrado nascentes de água importantes para o abastecimento de rios em todo o Brasil.
Em Marabá, o Itacaiúnas agoniza dando seus últimos suspiros, (o condomínio Green Village é acusado de aterrar uma de suas nascentes); em Goiás mais de dez cidades decretaram estado de calamidade pública por causa da seca; no Rio Grande do Sul, recentemente, o nível do Rio Taquari, em Colina, baixou tanto que fez surgir uma pedra talhada com inscrições de 1943.
A sociedade precisa se mobilizar e começar a pressionar governo para encontrar soluções urgentes. E para não ficar apenas no âmbito das críticas, aí vão duas sugestões do Projeto Ciranda Verde: recuperação das matas ciliares dos Itacaiúnas (desde a foz até a nascente principal) e a criação imediata do Parque Municipal do Bambuzal.
Ou fazemos algo agora, sem demagogia política e envolvendo todo mundo, ou o próximo filme que assistiremos será o Mad Max da vida real.
Texto: André Vianello
Projeto Ciranda Verde
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