quarta-feira, 21 de outubro de 2015

DEU NO JN! RELAÇÃO ENTRE ÁRVORES E CALOR











A maneira como uma cidade é ocupada, as construções, as áreas verdes, tudo isso tem ligação direta com o conforto que a cidade oferece ao cidadão. Isso é fácil de entender quando a gente fala da qualidade do ar que se respira, por exemplo. Ou do tempo de deslocamento das pessoas, de casa pro trabalho. Mas, um estudo feito em Goiânia mostra como a ocupação urbana interfere também nas temperaturas.
A cidade cresce, as árvores sofrem. Pra construir a pista de 22 quilômetros pro BRT - o ônibus que anda mais rápido -  duas mil árvores vão ser derrubadas. Os responsáveis pela obra dizem que replantarão outras 15 mil. Mas até lá…
"Agora que vai ficar mais quente ainda. Com este tempo seco que nós estamos vivendo", diz uma mulher.
Essa relação entre as árvores e as temperaturas virou tema de estudo na Universidade Federal de Goiás.
A pesquisa, feita no período de um ano comprovou que numa mesma cidade há climas diferentes. A temperatura máxima variou oito graus do bairro mais frio para o mais quente.
O trabalho começou em uma região de Goiânia. Um bairro de comércio, onde não há árvores, tudo é asfaltado e o trânsito é ruim o dia todo. Às três da tarde o termômetro marcou 39.8 graus. E a umidade: 14%. 
A equipe do Jornal Nacional mudou de região e foi pra uma área verde de Goiânia, em um dos maiores parques que tem na cidade. É impressionante a mudança na temperatura. Onde a equipe estava anteriormente, quase 40 graus. Ali, o termômetro marcava 32.2.
A umidade relativa do ar também melhorou. Subiu de 14 pra 40%.
Jornal Nacional: A explicação tá aqui?
Gislaine Luiz, professora de climatologia: No ambiente! Aqui nós temos uma área em que preserva a condição ambiental com vegetação natural e um lago.

E onde há muitos prédios, por exemplo, as temperaturas também são mais amenas, porque as construções criam uma barreira contra o sol, fazendo sombras.

“Nós temos que repensar uma política de organização das cidades brasileiras. Vincular projetos de arborização com o que já existe de construção, mas também na ampliação dessas cidades, introduzir nos projetos essa condição de uma arborização maior, mais efetiva", alerta Gislaine. 

Agora, ideal mesmo seria se todo mundo pudesse fazer como o Seu Vanderlan. Ele tem pés de jabuticaba e cajá-manga no quintal de casa. E isso é ótimo: no bairro dele, no meio da rua, a temperatura chegou a quase 42 graus, já no quintal: 37.
“Quintal em Goiânia que quase ninguém tem, né? Não tem ninguém que vem cá que não se apaixona”, diz o dentista Vanderlan Fernandes.
Texto/foto: reprodução g1.globo.com

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