quarta-feira, 7 de outubro de 2015

SÉRIE ESPECIAL: FLORESTA AMAZÔNICA ESTÁ DOENTE COM MUITO SOL E FALTA D'ÁGUA

A pouca chuva e o calor sufocante estão adoecendo até mesmo as plantas. Há 25 anos, um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) investiga espécies submetidas a severas condições de estresse ambiental, que sofrem com o excesso de sol e a falta de água, nutrientes e sais minerais. 

Mais frágeis do que as outras, essas plantas estão mais sujeitas a desenvolver tumores, em processo semelhante ao dos seres humanos e animais. Depois de mapear 500 pontos críticos de vegetação em 30 países, a equipe da UFMG revela a sua última descoberta: ao contrário do que se imaginava, nem mesmo a Floresta Amazônica escapa das enfermidades.

Depois de fazer testes em formações vegetais com alto grau de estresse, como os campos rupestres, a vegetação de Chaparral, na Califórnia (EUA), e a mediterrânea europeia, a equipe da UFMG identificou padrão idêntico na parte mais alta da Floresta Amazônica, conhecida como dossel. 


“Lá em cima das copas das árvores, temos uma carapaça, uma vegetação que se comporta como o bioma Cerrado, que sobrevive em um ambiente extremamente seco, com alta intensidade luminosa e o calor intenso da altura da linha do Equador”, diz Geraldo Wilson. Segundo o professor, apesar de ser uma floresta tropical e úmida, o topo da Amazônia é extremamente seco, equivalente ao cerrado. A conclusão está descrita no artigo “Unexpected high diversity of galling insects in the Amazonian Upper Canopy: the savana out there”, publicado na revista PLOS One.

Continua!

Texto: reprodução (www.paisagismobrasil.com.br)
Foto: www.inovacaoteconologica.com.br

Projeto Ciranda Verde

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