A pouca
chuva e o calor sufocante estão adoecendo até mesmo as plantas. Há 25 anos, um
grupo de pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) investiga espécies submetidas a
severas condições de estresse ambiental, que sofrem com o excesso de sol e a
falta de água, nutrientes e sais minerais.
Mais
frágeis do que as outras, essas plantas estão mais sujeitas a desenvolver
tumores, em processo semelhante ao dos seres humanos e animais. Depois de
mapear 500 pontos críticos de vegetação em 30 países, a equipe da UFMG revela a
sua última descoberta: ao contrário do que se imaginava, nem mesmo a Floresta
Amazônica escapa das enfermidades.
Depois
de fazer testes em formações vegetais com alto grau de estresse, como os campos
rupestres, a vegetação de Chaparral, na Califórnia (EUA), e a mediterrânea
europeia, a equipe da UFMG identificou padrão idêntico na parte mais alta da
Floresta Amazônica, conhecida como dossel.
“Lá em
cima das copas das árvores, temos uma carapaça, uma vegetação que se comporta
como o bioma Cerrado, que sobrevive em um ambiente extremamente seco, com alta
intensidade luminosa e o calor intenso da altura da linha do Equador”, diz
Geraldo Wilson. Segundo o professor, apesar de ser uma floresta tropical e
úmida, o topo da Amazônia é extremamente seco, equivalente ao cerrado. A
conclusão está descrita no artigo “Unexpected high diversity of galling insects
in the Amazonian Upper Canopy: the savana out there”, publicado na revista PLOS
One.
Continua!
Texto: reprodução (www.paisagismobrasil.com.br)
Foto: www.inovacaoteconologica.com.br
Projeto Ciranda Verde
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