A grande
descoberta da última etapa da pesquisa está associada ao fato de que a Floresta
Amazônica tem trechos que se comportam como savana, onde a vegetação é
submetida à falta de água e ao excesso de radiação solar.
“No Cerrado, isso já era evidente. Sabíamos que aquele
ambiente era estressante e que, por isso, a incidência de câncer em espécies de
Cerrado era alta. A Amazônia foi o último bioma onde analisamos a relação entre
estresse e tumores. O mais interessante foi constatar que o ambiente favorável
ao câncer das plantas só ocorre em uma parte muito específica da floresta, no
seu topo”, afirma.
Também as células de plantas podem escapar aos padrões
normais de crescimento, por meio de processos ainda não completamente
desvendados. Chamados de galhas, os tumores vegetais são transformações
atípicas de tecidos e órgãos das plantas. Seu crescimento pode ser induzido por
bactérias ou por insetos, que parasitam os vegetais.
Algumas plantas desenvolvem a capacidade de matar células
nas imediações das galhas, cortando o fluxo de nutrientes que mantém vivo o
tumor. Esse tipo de defesa desperta a atenção do agronegócios interessado em
criar variedades de culturas de soja, milho e trigo imunes aos galhadores, que
podem destruir plantações inteiras. “Fato é que os tumores indicam que o clima
está mudando, e para pior. No futuro, as plantas vão sofrer mais porque estarão
sujeitas a mais estresse”, concluiu.
Texto: reprodução (www.paisagismobrasil.com.br)/em.com.br
Foto: brincandocomaspalavras.com.br
Projeto Ciranda Verde
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